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Infantino vê "problemas" na CBF e promete reformas na Conmebol

Novo presidente da Fifa falou sobre reformas no futebol sul-americano - FABRICE COFFRINI
Novo presidente da Fifa falou sobre reformas no futebol sul-americano Imagem: FABRICE COFFRINI

Do UOL, em São Paulo

28/03/2016 17h49

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, falou nesta segunda-feira, na sede da Conmebol no Paraguai, sobre a falta de transparência na gestão de federações de futebol. O dirigente citou "problemas" na CBF e disse que enviará uma equipe para fazer "reformas" na confederação sul-americana.

"A CBF é uma confederação que teve problemas, mas que está tentando deixar a entidade mais transparente. Quando se fala de futebol, se fala de Brasil, e estou aqui para ajudar", disse Infantino, quando questionado sobre a situação brasileira.

"Com a Conmebol, vamos trabalhar em todos os aspectos que sejam necessários. É preciso que as reformas que se aplicaram na Fifa sejam aplicadas também na Conmebol, e vamos enviar pessoas para esse fim", continuou.

Com a Fifa mergulhada em escândalos de corrupção e vários dirigentes presos ou investigados, Infantino se elegeu presidente há um mês com uma plataforma focada no resgate da credibilidade da entidade.

Entre as reformas prometidas pelo ex-secretário-geral da Uefa, estão a limitação de mandatos, o controle da "ficha limpa" de dirigentes e o aumento da transparência das contas e fluxos financeiros.

"Não podemos mudar o passado, mas podemos influenciar o futuro, e estamos aqui para isso. Vamos tomar todas as medidas necessárias para que as coisas do passado não se repitam no futuro", disse o mandatário, que voltou a anunciar a intenção de investir US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 5,1 bilhões) no desenvolvimento do futebol mundial.

Conmebol estipula prazo

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, falou ao lado de Infantino e disse que as bases para as reformas de transparência na entidade sul-americana serão lançadas na próxima semana.

"Na próxima segunda-feira, dia 4 (de abril), teremos reunião do Comitê Executivo da Conmebol, e se estabelecerão as bases de auditoria e perícia. Estamos sob muita pressão, mas é uma pressão saudável que nós fazemos sobre nós mesmos, de mostrar os resultados das mudanças", disse Domínguez.