Pepe admite choro em campo nos pênaltis da final da Liga dos Campeões
O zagueiro Pepe, do Real Madrid, tem fama de durão, às vezes até de violento. Mas também tem emoções – a ponto de chorar em campo.
Acontece na final da Liga dos Campeõs da Europa. Após empate por 1 a 1 com o Atlético de Madri no tempo regulamentar e na prorrogação, os dois times decidiram o torneio nos pênaltis. Pepe não aguentou. E chorou.
“É difícil tentar explicar. Quando Lucas Vázquez (que abriu a série de cobranças para o Real) foi caminhando tão tranquilo, a ponto de parecer que estava em seu bairro com seus amigos, e eu vi a bola entrar, comecei a chorar. Me emocionei. Senti que não íamos perder essa final”, disse Pepe em entrevista ao jornal esportivo espanhol Marca.
“Foi como antes, quando Sergio (Ramos) nos fez um sinal, de que iríamos cobrar os pênaltis do lado de nossa torcida. Algo me dizia isso, que íamos ganhar. Tivemos a sorte de cobrar os pênaltis com nossa torcida. Aí veio o gol de Lucas e comecei a chorar”, acrescentou.
Curiosamente, o camisa 3 afirmou que “só chorava quando o Real Madrid batia os pênaltis”.
“Não consigo entender, porque foi a primeira vez que chorei em um campo de futebol. Senti tudo vindo em cima, todas as emoções. Todo o sacrifício que fizemos durante a temporada, toda a luta, nós tentando tirar o melhor do grupo. Agora, estava nas mãos de cinco caras”, descreveu.
Apesar das lágrimas em campo, Pepe garante que o título de 2016 não foi o que mais o emocionou. Para ele, a conquista da Liga dos Campeões de 2014, também decidida contra o Atlético de Madri, tocou mais profundamente. Na ocasião, lesionado, ficou de fora da partida.
“A primeira Champions em Lisboa, joguei quase todos os jogos anteriores. Contra o Bayern (nas semifinais), com Sergio, fizemos duas grandes partidas. Jogar a final em Lisboa era um sonho, mas me machuquei e não estava 100% recuperado. Treinei um dia antes do jogo, e (o técnico Carlo) Ancelotti me perguntou como eu estava. Eu disse que estava bem, sem dores ou incômodos. O lógico é querer jogar porque assim você sai no pôster, mas eu não queria só sair no pôster – queria ganhar. Talvez se eu tivesse jogado 20 ou 30 minutos, teria que sair lesionado e queimar uma substituição. Então, disse ao técnico que pusesse os jogadores que estavam melhores”, explicou.
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