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Presidente do PSG quer mudanças no time, e nome de Simeone ganha força

Nasser Al-Khelaifi cobra evolução de Laurent Blanc, mas não descarta "novo ciclo" - Divulgação
Nasser Al-Khelaifi cobra evolução de Laurent Blanc, mas não descarta 'novo ciclo' Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

03/06/2016 07h38

O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, quer promover uma revolução no time. E isso pode incluir a contratação do técnico Diego Simeone, vice-campeão da Liga dos Campeões da Europa pelo Atlético de Madri.

Em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal francês Le Parisien, Al-Khelaifi demonstrou pouca paciência com o trabalho do técnico Laurent Blanc. De 2013 a 2016, o PSG chegou quatro vezes às quartas de final da Liga dos Campeões, sem conseguir passar às semis em nenhuma delas; Blanc comandou a equipe nas três últimas.

“Eu o apoio há três anos, mas agora temos que ver como construiremos um grupo forte na Europa. Repito: esta é a primeira vez que se comete um erro, então é preciso fazer as perguntas certas. Devo mudar a liderança? Devo mudar as pessoas? Devo mudar o sistema? Devo mudar os jogadores? Reflito sobre o ocorrido e, sim, é preciso fazer grandes mudanças. É preciso fazê-las nesta temporada”, disse o dirigente, esquivando-se a respeito da saída de Blanc.

“Depois de cinco anos (como presidente do clube), é preciso começar um novo ciclo. Não vou falar ainda de casos em particular (mudança de técnico), mas grandes mudanças se avizinham. Um novo ciclo vai começar”, acrescentou.

A imprensa francesa cogita a contratação do técnico Diego Simeone – o portal Yahoo! diz que o clube inclusive já conversou com o argentino. Embora Al-Khelaifi despiste a respeito, faz diversos elogios ao trabalho do treinador à frente do Atlético de Madri.

“Tenho um grande respeito pelo Atlético, pelo clube, pelo time e por seus torcedores. Eles sempre têm uma grande motivação e mereceram estar na final (da Liga dos Campeões). Esta é a segunda vez em três anos que decidem (o torneio), e isso não é nenhuma coincidência”, descreveu.

“Sabíamos que perderíamos”

Ainda em sua entrevista, Al-Khelaifi cobrou mudanças na postura da equipe. Embora domine o Campeonato Francês nas últimas temporadas, a dificuldade para ganhar terreno na Liga dos Campeões incomoda o presidente do PSG; nesta temporada, para ele, o time entrou derrotado para enfrentar o Manchester City no segundo jogo das quartas de final.

Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG, concede entrevista ao jornal Le Parisien - Reprodução - Reprodução
Presidente do PSG diz que jogadores entraram desligados para confronto contra o Manchester City; para ele, eliminação na Liga dos Campeões foi 'o pior momento' desde que assumiu o clube
Imagem: Reprodução
“Duas horas antes da partida contra o City, eu já sabia que íamos perder. Não via os jogadores ligados e disse isso a um membro do staff. Não os via com vontade de lutar. Perdemos antes de jogar. De quem é a culpa? Isso não pode voltar a acontecer”, criticou, sem citar diretamente o nome de Laurent Blanc. Na ocasião, o time perdeu por 1 a 0 para o City, após empatar por 2 a 2 em Paris.

“Honestamente, creio que fracassamos nesta temporada, apesar de ganharmos novos troféus em nível nacional. Não alcançamos nosso objetivo de ganhar a Liga dos Campeões, por isso fizemos uma má temporada. Estou aqui há cinco anos e esta é a primeira vez que temos esta sensação de fracasso. Não é só por termos perdido nas quartas de final da Liga dos Campeões. Estou muito decepcionado. Não estávamos mentalmente prontos e todos somos responsáveis – eu, em primeiro lugar. Não senti que havia pressão antes das partidas contra o City. Era completamente diferente dos jogos contra o Chelsea (pelas oitavas de final): os jogadores estavam nervosos, tinham fome, estavam prontos”, declarou também.

A eliminação na temporada 2015/2016 foi descrita por Nasser Al-Khelaifi como “o pior momento” desde que assumiu o clube. O dirigente não esconde: sua meta é transformar o PSG em um campeão europeu.

“Sonhamos com o maior, e isso é algo que digo desde que cheguei. Queremos ganhar a Liga dos Campeões e não vou desistir. Estou seguro de que um dia vamos passear pela Champs-Élysées (principal avenida de paris) com este troféu. Mas para chegar ali, temos que mudar algumas coisas. E espero que o fracasso diante do Manchester City nos permita ser mais fortes no futuro”, projetou.