Paulo André volta a criticar CBF e diz que demitir Dunga não é a solução
O zagueiro Paulo André voltou a se manifestar via rede social depois de mais um vexame da seleção brasileira. O jogador do Atlético-PR, que é um dos líderes do Bom Senso, fez críticas à gestão da CBF e cravou: tirar Dunga não é a solução.
"Tem gente inteligente, que eu admiro, achando que a solução agora é apenas trocar o Dunga", disse o ex-jogador do Corinthians e Cruzeiro, em texto publicado no Facebook.
Segundo Paulo André, outras mudanças são mais importantes no momento, como as ligadas à formação de atletas, à capacitação de profissionais em todas as áreas do futebol e à reforma do calendário do futebol brasileiro.
O Brasil foi eliminado da Copa América ainda na primeira fase da competição, após ser derrotado por 1 a 0 pelo Peru. É a pior campanha da seleção brasileira em 29 anos, desde a edição de 1987, quando o time também não avançou ao mata-mata depois de uma goleada por 4 a o para o Chile.
Após o fracasso na Copa América, o técnico Dunga disse que não teme a demissão. De acordo com o treinador, o Brasil foi prejudicado pela arbitragem, que validou um gol de mão do atacante Ruidíaz. Vale lembrar que atualmente o Brasil é o sexto colocado nas eliminatórias para a Copa 2018.
Veja o texto na íntegra:
Por que a CBF continua de pé?
Entraram na sala de casa e viram um elefante. Trocaram o sofá. Foram à cozinha e havia uma girafa. Alguma coisa não ia bem e resolveram trocar a geladeira. Passaram pela CBF e deram de cara com Marco Polo Del Nero, Walter Feldman, Manoel Flores e outros bichos esquisitos.
E tem gente inteligente, que eu admiro, achando que a solução agora é apenas trocar o Dunga. A compreensão da complexidade e da interdependência das partes (formação de atletas, capacitação de profissionais em todas as áreas do futebol, verdadeira reforma do calendário, inversão da pirâmide de gastos da CBF - menos custos de administração e mais investimento no futebol -, democratização do estatuto e da entidade, troca de comando político por comando técnico, gestão profissional voltada para o desenvolvimento do esporte e para o crescimento dos clubes brasileiros, etc...) é apenas o primeiro (compreensão) dos muitos passos que teremos que dar em direção à reabilitação.
Os clubes não têm unidade nem coragem, as Federações Estaduais não tem interesse nem capacidade, os patrocinadores e a TV estão desesperados. Só que a armadura estatutária e legislativa que protege a CBF é praticamente intransponível. É preciso unir os poucos visionários deste sistema para curar (arrancar) o câncer generalizado que asfixia qualquer esperança.
Dia 10 e 14 de julho de 2014 (dois mil e quatorze, amigo) escrevi sobre isso.
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