Boateng teme terrorismo e incomoda França com veto a família no estádio
![Frank Augstein/AP](https://conteudo.imguol.com.br/c/esporte/c2/2016/06/26/boateng-comemora-o-primeiro-gol-da-alemanha-contra-a-eslovaquia-1466959027821_615x300.jpg)
Jerôme Boateng vai a campo nesta quinta-feira, às 16h (de Brasília), representando a Alemanha na semifinal da Eurocopa contra a França, em Marselha, sem o apoio de familiares. O pedido do zagueiro veio por conta do receio de atos de terrorismo, e claro, gerou polêmica no país sede da Eurocopa.
Veículos franceses repudiaram o que consideraram como campanha negativa do alemão. Só que ele jamais voltou atrás. Nenhum familiar esteve presente no torneio, diferentemente da grande maioria dos jogadores.
"O terror é a seleção da França", exibiu uma manchete do jornal esportivo Le Equipe na quarta-feira lembrando o receio de Boateng.
“Não foi uma decisão fácil. Só que minha família e os meus filhos não irão ao estádio. Parece-me um risco muito elevado”, explicou Boateng ao jornal esportivo alemão Bild.
“Quero concentrar-me apenas no futebol. Por isso sinto-me melhor se a minha família não estiver no estádio”, acrescentou.
O discurso de Boateng foi repetido. O zagueiro mostrou preocupação com o terrorismo antes do início da Eurocopa e já havia garantido o veto dos familiares. A preocupação chegou a ser utilizado para a pergunta de um jornalista alemão em entrevista coletiva do primeiro-ministro da França, Manuel Valls, em cerimônia de abertura da Eurocopa.
“Tudo que posso te dizer é que a França é um país moderno, capaz de garantir a segurança de suas cidades", foi rápido na resposta o governante.
A segurança foi o principal tema da Eurocopa desde o início da competição. Mas sem incidentes terroristas desde o início da disputa, o futebol foi ganhando força.
Na Eurocopa, a boa atuação na vitória diante da Eslováquia por 3 a 0 nas oitavas de final, com direito a um golaço em chute de primeira de fora da área, elevaram o moral. O problema é que a imagem atual que precisa apagar é a do pênalti infantil colocando a mão na bola no duelo das quartas de final diante da Itália.
“Confiamos nele. Isso é o que nos importa. Sempre nos proporciona enorme segurança e os acertos individuais minimizam qualquer falha”, comentou o companheiro alemão Bastian Schweinsteiger.
Em campo contra a França, Boateng é apontado como um dos líderes do time por conta da ausência do capitão Sami Khedira, lesionado. Na Alemanha, o defensor de origem ganesa ganhou admiração pelo bom futebol apresentado no Bayern de Munique e pelo combate ao racismo no futebol, sendo um dos embaixadores de uma campanha da Fifa contra o ato.
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