Wellington Sousa trocou o Grêmio pelo Inter e hoje brilha no Japão
Wellington Sousa pode não estar na memória do torcedor do Internacional por muitos gols, por belos lances no Beira-Rio. Mas indiretamente está lá. Foi com dinheiro da venda dele, em 2008, que o Colorado financiou a montagem do time campeão da Sul-Americana e da Libertadores. E tudo isso só foi possível graças a um chapéu no Grêmio.
O ano era 2003, Wellington era atacante do Grêmio e foi expulso durante um Gre-Nal das categorias de base. Irritado com o cartão vermelho, com a derrota de goleada, ele foi consolado por um diretor do time rival. Dias depois, a transferência foi sacramentada.
“Foi um caso muito engraçado. A gente tomou uma goleada, 6 a 1 se eu não me engano. Eu acabei discutindo com um jogador e fui expulso. Um diretor me chamou e elogiou, falou da expulsão e tal... Em seguida eu conheci o Jorge Machado (empresário) e no mesmo dia, ele falou da proposta do Inter. Peguei minhas coisas e no mesmo dia cheguei ao clube”, conta ao UOL Esporte.
Treze anos depois, Wellington vive no Japão. Há dois anos e meio na terra do sol nascente, o atacante sonha com um retorno ao Brasil. Acompanha, de longe, as notícias do Campeonato Brasileiro. Se atualiza sobre a crise do Inter. E lembra o caminho feito para chegar do oriente.
Wellington foi promovido ao elenco principal do Inter em 2007, mas as opções eram muitas. O clube decidiu, então, emprestá-lo para ganhar experiência. Primeiro um contrato com o São Caetano e depois a chegada ao Náutico. O desempenho em Recife foi avassalador.
Os gols e boas atuações renderam um interesse do Hoffenheim, da Alemanha, que pagou 5 milhões de euros ao Inter para levar Wellington.
“O Carlos Eduardo (atualmente no Atlético-MG) estava no Hoffenheim e me ligou. Falou do clube, da cidade. Eu fui, sem dúvida. Em 2004 tinha feito um teste no Arsenal, não me adaptei ao frio e tudo mais, mas quando fechei e viajei para Alemanha não senti o choque nesse aspecto. Foi bem mais tranquilo. Fui mais preparado”, relata Wellington.
O dinheiro arrecadado com Wellington ajudou o Inter a manter o giro da roda que transformou o clube. Revelando jovens, vendendo e contratando reposições – a curto e médio prazo.
Atualmente, Wellington (28 anos) está no Avispa Fukuoka. O time é lanterna da J-League, mas o atacante vive boa fase e afirma ter sondagens para trocar de clube e continuar no Japão. O padrão de vida do outro lado do mundo rivaliza com as diferenças culturais do jogo em relação ao Brasil. A dúvida sobre voltar ou seguir no exterior segue.
“Tenho um reconhecimento muito legal aqui, gostaria que fosse assim no Brasil, mas tenho aqui. É bem grande, bem legal”, comenta. “O time não está bem, mas o meu momento é bom. Sou artilheiro do time, estou bem fisicamente e com certeza vou ter propostas para seguir aqui. Infelizmente o futebol japonês não é tão divulgado”, acrescenta.
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