Pentacampeão Júnior ouviu "não" do Palmeiras e virou campeão mundial no SP
Júnior chegou ao Palmeiras em 1996 com a responsabilidade de substituir Roberto Carlos. Por lá, fez parte de times históricos e conquistou Libertadores, Copa do Brasil, Rio-São Paulo, Paulista, entre outros títulos. Passou pelo futebol italiano (Parma e Siena), foi pentacampeão mundial pela seleção brasileira. Em 2004, então com 31 anos, resolveu que era hora de voltar ao futebol brasileiro.
Ainda estava em boa condição física e técnica, e a opção desejada era a de segurança: voltar ao clube alviverde, onde já conhecia, foi ganhador e tinha o carinho da torcida. Naquele ano, a equipe fazia bom Campeonato Brasileiro, chegou a liderar e terminou no G4. Junior, contudo, ouviu um "não" que acabou lhe rendendo, pelo destino da vida, um título mundial também com clubes.
O ala pediu para Mustafá Contursi (ex-presidente do Palmeiras) e ouviu que o salário que queria era exagerado. Dias depois, veio uma oferta do rival e acabou pulando o muro e indo jogar no São Paulo. No Morumbi, conquistou outra vez a Libertadores e vários títulos, como o Brasileiro e o Mundial de Clubes da Fifa, com a vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool, no Japão.
"Como estava acabando o contrato (no Parma), eu decidi voltar, primeiro nós contatamos o Palmeiras que era o clube que eu fui feliz. Na época, o presidente era o Mustafá Contursi e não deu certo ele falou que o meu salário não era compatível no que o Palmeiras oferecia naquele momento. Logo em seguida, o São Paulo ficou sabendo e fez o convite e eu aceitei", falou.
"Eu queria voltar para o Palmeiras porque eu fui feliz lá, tinha amigos lá como tenho até hoje, funcionários, jogadores que jogaram comigo como o Marcão (goleiro). Então, eu queria voltar para uma casa onde me deu muitas alegrias, mas não deu certo. Eu fiquei triste no momento pela situação, mas também quando veio o convite do São Paulo, o São Paulo é gigantesco, um time que a camisa dispensa os comentários, e fiz a escolha certa. Também fui muito feliz no São Paulo, as torcidas me respeitam muito e em todos os lugares que eu vou as pessoas me elogiam e agradecem por tudo aquilo que eu tinha feito no Palmeiras como a do São Paulo também", completou.
Mas quando o assunto é escolher entre um dos dois times, o ex-lateral prefere evitar polêmica. Segundo o pentacampeão, ele guarda carinho por ambos e não tem mágoa nenhuma do alviverde por não ter conseguido retornar.
"De coração eu sou Vitória, eu cresci no Vitória, então de coração é Vitória. Palmeiras e São Paulo estão divididos, eu fui muito feliz nos dois clubes. As torcidas dos dois clubes têm um carinho para comigo, então eu não posso ser ingrato que um clube é melhor que o outro porque eu fui feliz nos dois clubes", revela Júnior.
A escolha só pende um pouco para o lado do Palmeiras quando o assunto é um jogo marcante de sua carreira. "Foi um jogo (marcante). Para mim, eu ainda coloco e sempre vejo o jogo Palmeiras e Corinthians tanto de 99 como os de 2000, aqueles jogos emocionantes na Libertadores, nas semifinais, principalmente o de 2000. O primeiro jogo foi 4 a 3 Corinthians e depois o 3 a 2 pra gente, com aquele gol do Galeano que levou para os pênaltis e ganhamos", relembra.
O lateral abandonou o futebol em 2010 quando defendia o Atlético-MG. Após decidir pendurar as chuteiras, ele mudou de ramo e se tornou sócio de um restaurante em Belo Horizonte. Mas, o negócio não foi para frente e Júnior acabou voltando para a Bahia, mais precisamente em Santo Antônio de Jesus. O possível retorno a São Paulo pode trazê-lo de volta ao futebol.
"Eu tenho um projeto para voltar a morar em São Paulo em janeiro do próximo ano, estou pensando ir com a minha família com os meus filhos e com a minha esposa morar em São Paulo, mas isso é um projeto que nós estamos estudando. Aí eu pretendo ver algumas coisas, conversar com pessoas que estão no meio do futebol, que entendem muito mais do que eu, rever e conversar com alguns amigos, como o Vampeta. Então esse é o meu projeto e se Deus quiser, vai dar certo. Espero pegar um pouco de experiência trabalhando na base isso para mim é o começo, a base do futebol, porque ali você pode ensinar, contar as suas histórias também, isso seria o melhor para mim", finalizou.
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