Réus de caso de corrupção da Fifa podem se declarar culpados nos EUA
Vários réus de um caso abrangente de corrupção na Fifa estão conversando sobre a possibilidade de se declararem culpados, disse um promotor dos Estados Unidos nesta segunda-feira.
O procurador-geral assistente Evan Norris se pronunciou durante uma audiência realizada em um tribunal federal do bairro do Brooklyn, na cidade de Nova York, depois que a juíza Pamela Chen estabeleceu o dia 7 de novembro de 2017 para o julgamento de sete ex-dirigentes da entidade reguladora do futebol mundial e um ex-executivo de marketing.
Todos os oito se declararam inocentes, mas Norris disse que "estamos em discussões ainda em andamento sobre a admissão de culpa com vários destes réus".
Os oito réus estão entre os 42 indivíduos e entidades acusados até agora no caso, que abalou o futebol mundial e a Fifa, que tem sede em Zurique.
Os promotores dos EUA acusam os réus de participarem de esquemas envolvendo mais de 200 milhões de dólares em subornos e propinas, tanto pedidos quanto recebidos por dirigentes de futebol por direitos de marketing e transmissão de torneios e partidas.
Até agora, 16 pessoas e duas empresas de marketing esportivo se declararam culpadas.
Entre os oito investigados que enfrentam um possível julgamento no ano que vem estão ex-funcionários da Fifa e ex-membros de seu comitê executivo, como o brasileiro José Maria Marin, o paraguaio Juan Ángel Napout, o costarriquenho Eduardo Li e o nicaraguense Julio Rocha.
Entre os outros estão o executivo de marketing esportivo Aaron Davidson, que reside em Miami, Hector Trujillo, juiz da Guatemala e ex-autoridade de sua federação de futebol, Costas Takkas, ex-dirigente de futebol das Ilhas Cayman e Rafael Esquivel, ex-dirigente de futebol da Venezuela.
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