Tite critica plano do governo sobre educação física; Bernardinho minimiza
O plano do governo federal de flexibilizar algumas disciplinas do ensino médio recebeu críticas do técnico Tite. Na proposta, a educação física pode deixar de ser obrigatória.
"Eu não consigo conceber ter todas as matérias e não ter o esporte presente de uma forma obrigatória. Se dê uma condição, assim como o investimento no professor, que é a base, a essência para a gente ter uma sociedade melhor. Eu não consigo enxergar, não consigo ver nenhum argumento", disse o técnico da seleção brasileira em entrevista à Rede Globo.
"Precisa-se de um investimento em educação, de um investimento no esporte como um meio educacional também. É um fator de igualdade. Não só futebol, mas o vôlei, o basquete, a atividade no núcleo da escola se desenvolve, é a competição entre duas salas de aula. Quem nunca teve uma experiência como essa?", afirmou.
Já Bernardinho minimizou o plano. Segundo ele, a medida não irá influir na educação dos jovens, pois a educação física nas escolas já "não existe" por causa da falta de qualidade.
"Eles não acabaram com nada significativo porque praticamente não existia. A vergonha dessa história é que a gente nunca teve nos últimos anos. Quando era jovem, existia. Há muitos anos que não se tem investimento sério na educação física, no esporte na escola, como fração importante no processo de educação. Educação é a mais importante, temos de ensinar com qualidade português, matemática, mas esporte faz parte desse processo, um alento. Fato que não acabaram com nada, porque essa qualidade não existia. Enterraram defunto que estava morto faz tempo", afirmou ao Esporte Interativo.
A Medida Provisória, enviada ao Congresso pelo presidente Michel Temer, será votada na casa em até 120 dias. O texto ainda pode ser modificado pelos deputados e, se necessário, por senadores.
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