Time de refugiados ganha licença e poderá jogar 3ª divisão do Carioca
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) aceitou provisoriamente em seu quadro de filiados o Pérolas Negras, equipe de refugiado haitianos mantida pela ONG Viva Rio. Com esta licença, o clube se habilita para disputar a terceira divisão do Campeonato Carioca a partir de 2017.
A licença é provisória e válida por dois anos. Este é o período que a ONG terá para pagar à Ferj os R$ 500 mil exigidos para a filiação plena.
"Vínhamos pleiteando esta filiação desde o ano passado. Pode ser considerada uma grande vitória para nós, pois agora temos uma segurança jurídica para registrar os atletas e buscar os patrocinadores. E o nosso objetivo agora é jogar a Série C do Carioca não só entre os profissionais como também no sub-20", disse ao UOL Esporte Pablo Siqueira, coordenador jurídico da ONG. Viva Rio
O Pérolas Negras disputa até o momento apenas torneios de categorias de base e no início deste ano participou como convidado da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Conta em seu quadro no Haiti com as categorias sub-13, sub-15 e sub-17 e sub-20. No Brasil, tem equipe sub-17 e sub-20.
A Ferj não vai considerar os haitianos como atletas estrangeiros para a disputa de suas competições para não inviabilizar o projeto.
"Nosso time será composto majoritariamente pelos refugiados, mas também deveremos ter alguns brasileiros", disse Siqueira.
Para desenvolver seus projetos no Brasil, a ONG Viva Rio conta com doações. Neste ano, inclusive, fez uma campanha de crowdfunding para arrecadar R$ 150 mil para a construção de um campo no centro de treinamentos em Paty dos Alferes, no Rio. A campanha teve como um dos padrinhos o apresentador Luciano Huck. Entretanto, apenas R$ 2.920 foram arrecadados. Ainda assim, o projeto saiu do papel com a ajuda de outros colaboradores.
Quem são os Pérolas Negras?
A Academia de Futebol Pérolas Negras é um projeto de desenvolvimento esportivo de alto nível, localizada nos arredores de Port-au-Prince, capital do Haiti. Foi fundada em 2011 por meio da parceria com a Viva Rio.
Lá, o trabalho é feito apenas com garotos de 11 a 17 anos – somente depois dessa idade é que os melhores jogadores vêm ao Brasil com visto de refugiados humanitários para treinar e se profissionalizar no CT instalado em Paty dos Alfares.
"O time haitiano chegou ao Brasil em busca de oportunidades de progredirem com o esporte fora do seu país, que apesar de ser o esporte mais popular da região, apresenta uma enorme deficiência de formação de atletas. No Brasil, eles ganham a chance de unirem o ensino com a prática do futebol e seguirem em busca do sonho de se tornarem profissionais", diz o site do clube.
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