O que muda com Danrlei e vitória da situação no Conselho do Grêmio
No último sábado, a eleição para renovação de 150 nomes no Conselho Deliberativo do Grêmio chamou atenção por dois aspectos. O ex-goleiro Danrlei entrou no grupo de conselheiros eleitos pela chapa 3. E os movimentos de situação, representados pela Chapa 4, conseguiram maioria absoluta no pleito. Ambos os temas geram impacto imediato no clube.
Assumindo ainda neste ano, o grupo de novos conselheiros estará apto a votar na eleição presidencial, que ocorrerá no fim do ano. Antes, será eleito o presidente da casa, no próximo dia 18.
A eleição para presidente do Conselho Deliberativo não tem o mesmo tom de disputa da seguinte. Normalmente os conselheiros entram em acordo sobre um nome que consiga condensar os interesses de todos. Desta forma, oposição e situação tendem a concordar.
Porém, na eleição presidencial, as 81 cadeiras titulares e mais 16 suplentes renovadas pelos apoiadores do presidente Romildo Bolzan Júnior terão influência direta. Considerando os remanescentes, ou seja, que não renovaram agora sua presença no conselho, os situacionistas somam entre 170 e 180 nomes no Conselho. Maioria absoluta de um total de 300.
Para a eleição presidencial ir a segundo turno, com participação dos associados em votação direta, é necessário que duas chapas atinjam o mínimo de 20% dos votos dos 300 conselheiros. Ou seja, é preciso somar ao menos 60 votos. Desta forma, caso a oposição se divida e lance dois candidatos, é possível que apenas a situação consiga ultrapassar tal marca. Desta forma, a eleição não chegaria até os associados.
"E ainda há os suplentes. Normalmente são aproximadamente 200 conselheiros que participam de todas as reuniões. E pelo estatuto do clube, os suplentes votam em caso de ausência. Na eleição do presidente Fábio Koff, em 2012, por exemplo, todos os suplentes votaram. E foi uma eleição muito concorrida", explicou Paulo Luz, eleito como primeiro nome da Chapa 4 na renovação do Conselho gremista.
Cientes disso, os movimentos de oposição já começam a se articular para escolha de apenas um candidato. Desta forma, apoiado por todos os movimentos contrários a atual gestão, o escolhido teria condições de disputar os votos 'no pátio' contra o atual mandatário gremista, caso este opte pela reeleição.
Danrlei quer ser presidente
Atualmente deputado federal, o ex-goleiro Danrlei nunca escondeu seu objetivo de ser presidente do Grêmio. No entanto, jamais participou da vida política do clube. Sempre esteve próximo em eventos, acompanhou o time, foi figura vista repetidamente próximo ao campo, mas jamais no quadro de direção.
Agora, com sua entrada no Conselho Deliberativo, o ex-atleta considera dar um passo importante para tal. Não pretende concorrer imediatamente, até porque os compromissos em Brasília não autorizariam presença em Porto Alegre, mas poderá começar a articular o momento correto para a disputa.
Com apoio dos torcedores, que recordam-se do seu tempo de conquistas no gol gremista, Danrlei teria boas chances de vencer um segundo turno eleitoral. Agora no Conselho, articulará para avançar do primeiro, cuja votação é restrita.
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