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Saudade da família fez cruzeirense se tornar religioso na adolescência

Léo, zagueiro do Cruzeiro, frequenta cultos religiosos desde os tempos de Grêmio - Washington Alves/Light Press
Léo, zagueiro do Cruzeiro, frequenta cultos religiosos desde os tempos de Grêmio Imagem: Washington Alves/Light Press

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

05/10/2016 06h00

Quem conhece Léo, zagueiro do Cruzeiro, sabe de sua proximidade com a igreja evangélica. Ao lado de Fábio, o atleta é um dos líderes do elenco. O que poucos sabem é como o jogador se aproximou da religião.

Natural de Contagem, cidade localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Léo se mudou para Porto Alegre na adolescência. A distância dos familiares, os quais o acompanham no cotidiano desde a chegada à Toca da Raposa II, fez com que o defensor mudasse a forma de vida.

“Desde que comecei na base do Grêmio, eu tive oportunidade (de ter contato com a religião) porque fui convidado por um jogador do clube à época para ir à igreja evangélica. Eu estava longe de casa, longe da minha família e a igreja me acolheu. Eu comecei a frequentar e ali eu passei a ir aos cultos, a ler a bíblia, a conhecer o evangelho”, disse ao UOL Esporte.

“Isso fez diferença total na minha vida, pela conduta, pela disciplina e pelos ensinamentos bíblicos. Desde os 15 anos de idade que estou nessa caminhada, estou estudando, sou evangélico. A igreja ajuda a transformar vidas, condutas e caráter”, acrescentou.

A fé de Léo é atestada em sua rotina. O atleta frequenta cultos ao lado dos amigos de Cruzeiro e da esposa Camila Campos e financia projetos sociais em Belo Horizonte e Porto Alegre. Ele também auxilia a cônjuge em sua trajetória como cantora gospel. O jogador, contudo, não se limita a isso e tem o plano de doutrinar a religião ao término da carreira.

“Eu acredito que tenho uns oito anos de carreira, mas hoje a certeza que eu tenho é que vou poder me envolver com projetos sociais, o que faço desde cedo no futebol e compartilhar o evangelho, o que vivo desde cedo. Mas profissionalmente dizendo eu não tenho algo estipulado, fixo, mas já tenho algo encaminhado”, comentou.

O zagueiro, por fim, faz uma relação entre a prática esportiva e a religião. Ele crê que o comportamento extracampo influencia diretamente no rendimento dentro dos gramados. Por isso, enaltece aqueles que seguem à risca as doutrinas religiosas.

“É 90% necessário. É muito importante para um atleta, porque principalmente quando você é novo e chega ao profissional, muitas pessoas chegam a você, rodeiam. Se você não tiver uma estrutura e uma base na religião e em família, você acaba passando uma certa dificuldade porque estas pessoas acabam influenciando você. Hoje, o atleta de futebol, com certeza, a grande maioria é conhecedora da bíblia, do evangelho e não se baseiam. Eles acabam tendo um pouco de dificuldade”, declarou.

“Eu cheguei onde estou exercendo a minha fé. A minha fé sempre me faz pular obstáculos. Ela que me faz ultrapassar limites. Vários jogadores exercitam isso também e este é o principal fundamento do jogador. O que vai ficar mesmo é a sua conduta e o seu caráter, as amizades que você fez. Isso (a carreira) vai passar”, concluiu.