Mustafá elogia Nobre, mas diz que Allianz Parque não foi um bom negócio
Considerado um dos presidentes mais vitoriosos (e polêmicos) da história do Palmeiras, Mustafá Contursi voltou a aparecer na mídia nesta semana. Em entrevista ao programa “Aqui com Benja”, que vai ao ar na Fox Sports no próximo sábado, o ex-mandatário palmeirense fez questão de elogiar a atual gestão de Paulo Nobre, mas aproveitou para criticar o acordo feito entre o clube e a WTorre para que o Allianz Parque saísse do papel.
Segundo o contrato entre as partes, o Palmeiras cedeu por 30 anos o uso do terreno à WTorre, responsável pela construção da nova arena. A construtora é quem faz a gestão do estádio (exceto em dias de jogos), o que já fez com que o time tivesse que jogar várias vezes fora de sua casa, em virtude da realização de shows e outros eventos no Allianz.
“Se o Allianz Parque foi um bom negócio, o tempo que vai dizer. Por enquanto não foi. Alguns alegam que as melhoras das rendas justificam, eu acho que não. Perdemos a referência de clube/sociedade e quadro associativo. Não temos os recursos que se prometeram e que as novas instalações proporcionariam. É um debate de oito anos que faltou discutirmos a fórmula e os entendimentos, inclusive com o parceiro. Muitas coisas teriam sido evitadas. Se houve investimentos, indiscutivelmente o Palmeiras também entregou centenas de milhões de reais em propriedades para que eles conseguissem os objetivos deles nos investimentos. O Palmeiras é parceiro na mesma proporção”, declarou Mustafá.
Quando questionado sobre a importância do atual presidente Paulo Nobre, o Mustafá não poupou elogios e destacou o apoio dado ao clube. “Paulo Nobre tem grande contribuição no ajuste das nossas responsabilidades, mas só que ainda estamos contaminados por grandes responsabilidades financeiras. Ele colocou seus recursos à disposição do clube e contribuiu para que o Palmeiras se reorganizasse. Sem ele demoraria muito mais tempo e com mais dificuldades”, reconheceu.
Mustafá ainda falou sobre o polêmico Mundial de 1951, e foi enfático: “ É o título mais importante de todos os clubes que tiveram láureas do futebol brasileiro. Foi a recuperação do fracasso da Copa de 50; contaminou os quatro cantos do país. Todas as torcidas comemoraram”, concluiu o palmeirense.
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