Polícia abre inquérito para investigar fraude de presidente do Corinthians
A Polícia Cívil abriu na tarde desta segunda-feira um inquérito policial para investigar apossível fraude em ata da Arena Corinthians cometida pelo presidente do clube, Roberto de Andrade. Na última sexta-feira, a revista Época publicou que Andrade assinou ata de assembleia geral do fundo que comanda o estádio como presidente do alvinegro dois dias antes de assumir o cargo em 2015.
O procedimento criminal foi aberto no 52º Distrito Policial, no Parque São Jorge, e será conduzido pelo delegado Roberto Sampaio Lopes, da Polícia Civil. As investigações devem correr por 30 dias, e ouvirão dirigentes do clube e outros envolvidos na administração do estádio corintiano. Após os trabalhos, pode haver prorrogação por mais 30 dias.
A investigação foi aberta a partir de um pedido do conselheiro Romeu Tuma Jr, ex-deputado estadual. Em contato com o UOL Esporte, Tuma Jr. confirmou a denúncia e a abertura das investigações e disse esperar que os fatos sejam apurados.
O Corinthians nega qualquer tipo de fraude. Em nota oficial divulgada na sexta-feira, Roberto de Andrade negou ter fraudado qualquer documento "seja em relação ao Corinthians, seja em sua vida pessoal ou profissional". O mandatário afirmou que no momento da assinatura da ata da reunião já estava no exercício do mandato e que a reunião não aconteceu presencialmente.
Processo poderia até atingir eleições do clube
Para oposicionistas, o caso poderia até colocar sob suspeita as eleições que levaram Roberto de Andrade à presidência - opositores questionam se o mandatário teria certeza da vitória dias antes do resultado oficial.
A situação política delicada levou o presidente a realizar reuniões com aliados para tentar esfriar o momento - dentro de campo, o clube é o sexto colocado no Campeonato Brasileiro.
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