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México deixa Libertadores 2017, mas Conmebol abre portas para retorno

Novo calendário anual da Libertadores afastou mexicanos; vagas serão redistribuídas - AP Photo/Christian Palma
Novo calendário anual da Libertadores afastou mexicanos; vagas serão redistribuídas Imagem: AP Photo/Christian Palma

Do UOL, em São Paulo

18/11/2016 18h35

A Conmebol anunciou oficialmente nesta sexta-feira a ausência de clubes mexicanos na Copa Libertadores da América 2017. Entretanto, em comunicado oficial, a entidade deixou claro que “as portas (…) seguirão abertas” para o retorno do México ao torneio no futuro – no caso, em 2018, após uma possível adaptação ao calendário da Libertadores, que agora será disputada nos dois semestres.

A decisão da deixar a Copa Libertadores da América foi tomada pela Liga MX (entidade que organiza o Campeonato Mexicano) e foi comunicada nesta sexta-feira por seu presidente, Enriquie Bonilla. A Conmebol chegou a negociar a permanência, mas sem sucesso.

“Nos últimos meses, trabalhamos intensamente com nossos colegas mexicanos e fizemos grandes esforços para atender suas inquietudes. Da parte da Conmebol, escutamos as solicitações da Liga MX, entendendo que um ano de transição como será 2017 requer flexibilidade. As portas seguem abertas. Uma vez que recebamos a proposta detalhada sobre o ano sabático que propõe o senhor Bonilla, analisaremos sua conveniência de forma justa no Conselho Executivo”, afirmou Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol.

“O propósito da Conmebol, de introduzir mudanças na Copa Libertadores a partir de 2017, obedece a uma estratégia integral para melhorar substancialmente nossos torneios de clubes. Antes de tudo, é importante esclarecer que as reformas que estão em curso vão muito além de um novo calendário. A Conmebol contratou um estudo técnico para analizar os temas que afetam a competitividade do futebol regional, como a falta de padrões nos calendários, a organização logística, a gestão esportiva, infraestrutura e experiências nos estádios, entre outros. A partir de suas conclusões, desenhamos reformas com o objetivo de melhorar a qualidade das competições e impulsionar o desenvolvimento do futebol regional”, acrescentou.

Sem os mexicanos, que tiveram três vagas em 2016 (Pumas, Puebla e Toluca), a Conmebol deverá redistribuir as vagas entre os países sul-americanos. Equipes de países mais competitivos, como Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, devem ser preteridas. Assim, os outros seis países do continente devem ser beneficiados.

A Conmebol explica que todas as suas associações-membro fizeram “um esforço notável” para se ajustar às mudanças do calendário, “reconhecendo os grandes benefícios que os redesenhos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana oferecem para o desenvolvimento do futebol regional”.

A Liga MX também foi convidada para conversas em 20 de outubro, em Luque (Paraguai). Apesar de levar propostas da Conmebol aos clubes mexicanos, não houve acordo para 2017.

“Em nome de toda a Confederação Sul-Americana de Futebol, reconheço e agradeço a boa disposição do senhor Enrique Bonilla e de toda a Liga MX durante este processo de diálogo, assim como o apoio de toda a torcida mexicana na Copa Libertadores ao longo dos últimos anos. No futuro, esperamos seguir trabalhando de mãos dadas com o México, unidos por um interesse mútuo de promover o desenvolvimento do futebol nas Américas”, concluiu Alejandro Domínguez.