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Follmann corre risco de ter segunda perna amputada, diz médico

Guilherme Dorini

Do UOL, em São Paulo

29/11/2016 22h08

O goleiro reserva da Chapecoense Jackson Follmann, que teve a perna direita amputada, ainda corre o risco de também ter que passar pelo mesmo procedimento cirúrgico na esquerda. Quem afirma é o médico Guillermo Leon Molina, do Hospital San Vicente Fundação Rionegro, na Colômbia.

"Jackson está estável, na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e sob cuidados médicos. Ele precisou passar por uma cirurgia nesta manhã, um procedimento no qual teve sua perna direita amputada. Agora, no entanto, ainda precisamos esperar por 48 horas após o acidente para ter um diagnóstico mais completo sobre a situação", disse Molina em uma breve conversa com o UOL Esporte.

Quando perguntado sobre a possibilidade de Follmann precisar amputar a perna esquerda, o médico explicou. "Existe a possibilidade, sim. Ainda não podemos dizer qual é a chance disso acontecer, se é de 40% ou 50%, mas ele ainda corre esse risco", acrescentou.

Neto está estável 

Guillermo Leon Molina foi o responsável por realizar o atendimento em outro jogador da Chapecoense que chegou com vida ao hospital. Neto foi encontrado com múltiplas fraturas no corpo e segue sedado, em estado crítico, mas estável.

"Neto melhorou, mas ainda está sedado, entubado e na UTI. Está estável. Ele possui diversas fraturas pelo corpo, além do edema cerebral. Não posso dizer se há alguma evolução, ainda é muito cedo. Como disse, é preciso esperar as primeiras 48 horas para ter um diagnóstico mais preciso", disse.

O acidente aconteceu por volta da 1h (horário de Brasília) desta terça-feira nas imediações da montanha El Gordo, na jurisdição do município de Unión, na província de Antioquia (noroeste), próxima ao aeroporto José María Córdova de Medellín, situado no município vizinho de Rionegro.
 
A Chapecoense viajava a Medellín para enfrentar na quarta-feira o Atlético Nacional pela partida de ida da decisão da Copa Sul-Americana. Ao todo, de 77 pessoas que embarcaram no avião, seis foram resgatadas com vida, enquanto 71 não sobreviveram ao acidente aéreo.