Primeira Liga presta homenagem a opositor de Del Nero morto em tragédia
A Primeira Liga teria muito mais dificuldade de existir caso não contasse com o apoio de Delfim Pádua Peixoto Filho. Morto no acidente que vitimou quase toda a delegação da Chapecoense, ele era presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
O ex-dirigente foi um dos principais entusiastas da Liga especialmente por ser o maior opositor de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF.
“Desde os primeiros passos da Primeira Liga o Delfim teve uma importância muito grande para a constituição e desenvolvimento da entidade. A segunda reunião dos clubes, onde a constituição da liga era apenas um sonho, foi realizada na sede da FCF em julho do ano passado”, relembra o diretor jurídico da Primeira Liga, Eduardo Carlezzo.
Ele relembra como Delfim era enfático na hora de declarar apoio publicamente à ideia: “Foi o único presidente de federação a declarar apoio irrestrito e incondicional à Liga. Devemos lembrar e enaltecer a coragem que o Delfim teve em se opor ao status quo e propor mudanças na CBF, quando havia um silêncio quase que constrangedor no mundo do futebol”, completou.
Delfim foi uma das 71 vítimas e deve ter seu corpo velado no sábado de manhã no gramado da Arena Condá. Morto aos 75 anos, ele tem na trajetória de vida o fato de ter sido preso político por combater a ditadura e 31 anos à frente da Federação Catarinense de Futebol.
“É com muita tristeza que vemos um amigo nos deixar. Fica uma lacuna no futebol, a qual esperamos possa ser preenchida por pessoas que compartilhem os mesmos valores que ele defendia”, finalizou Carlezzo.
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