Ídolo na Colômbia e Brasil, Aristizábal cogita jogo em prol da Chapecoense
Aristizábal defendeu com sucesso vários clubes do Brasil a partir da segunda metade de década de 1990. Depois de chegar ao São Paulo em 1996, defendeu Santos (1998 a 1999), Vitória (2002), Cruzeiro (2003) e Coritiba (2004), conquistando títulos por todos eles. Abandonou a carreira em 2007 pelo Atlético Nacional, clube pelo qual acumulou quatro passagens em 18 anos como profissional.
Durante suas passagens, o clube de Medellín viveu boa fase, incluindo um título da Copa Merconorte (2000) e quatro títulos colombianos (1991, 1994, 2005 e 2007). Ainda assim, é como torcedor que Aristizábal acompanha o atual momento do time, atual campeão da Copa Libertadores da América e representante da América do Sul do Mundial de Clubes da Fifa, no Japão.
Entretanto, não é apenas o bom futebol da equipe comandada por Reinaldo Rueda que ganha manchetes no Brasil. Finalista da Copa Sul-Americana, na qual decidiria o título contra a Chapecoense, o Nacional abriu mão da taça diante da tragédia aérea protagonizada pelo rival – ao todo, 71 pessoas morreram na queda do avião que levava a delegação a Medellín. Os torcedores colombianos abraçaram a Chape, e fizeram diversas homenagens desde o desastre.
“O Atlético Nacional, pelo que fez, ganhou mais torcedores ainda. Pelo que fez pelo futebol, pelas famílias das pessoas que morreram no acidente, o Nacional agora vai ficar com mais torcedores ainda - e vão torcer pelo coração mesmo, pelo povo brasileiro. Isso aí é muito bom para eles”, analisou Aristizábal em entrevista ao UOL Esporte.
Sem contato com a equipe de Chapecó, o ex-atacante também se mostrou impressionado com a solidariedade demonstrada na Colômbia. “Foi muita, mas muita gente mesmo ajudando. Eu fiquei contente, muito contente pelo povo colombiano que consolou as famílias das pessoas que morreram no avião”, acrescentou.
Diante deste cenário, Aristizábal também pode ajudar a Chape de alguma maneira. Apesar de afastado dos gramados, ele não descarta a possibilidade de organizar um jogo beneficente em prol do clube catarinense.
“Seria muito bom se organizar algum jogo. A gente vai estar pronto para ajudar na hora que precisar. Seria uma boa partida para todos para ajudar as famílias dos mortos”, disse Aristizábal.
“A gente sempre tem feito muita coisa aqui na Colômbia. Na hora que aconteceu a tragédia, e quando o povo de Chapecó precisar, a gente vai fazer. Orei pelas famílias desta tragédia que ninguém esperava, então para o que precisarem, nós estaremos aqui”, prometeu.
No Mundial de Clubes de 2016, o Atlético Nacional estreia nas semifinais, dia 14 de dezembro. O adversário será o Kashima Antlers (Japão). E mesmo que uma vaga na final deva colocar o Nacional diante do Real Madrid, Aristizábal aposta na possibilidade de uma vitória.
“Primeiro tem que jogar a semifinal, e, na final, jogar muito bem. O time está com confiança, e isso é bom. Às vezes, no futebol, quando o time tem confiança, ajuda bastante para você pegar entrosamento e poder ganhar de qualquer um. Então dá para enfrentar o Real Madrid”, analisou o ex-atacante, hoje comentarista do canal FOX Sports na Colômbia.
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