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Reunião coloca pressão extra para presidente do Corinthians demitir Oswaldo

Roberto de Andrade foi idealizador da contratação de Oswaldo de Oliveira - Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians
Roberto de Andrade foi idealizador da contratação de Oswaldo de Oliveira Imagem: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

15/12/2016 06h00

Uma reunião importante do Conselho Deliberativo na noite desta quinta-feira coloca pressão extra pela demissão do treinador Oswaldo de Oliveira no Corinthians. A decisão foi encaminhada na quarta, mas ainda não foi oficializada pelo presidente Roberto de Andrade. O foco está justamente sobre ele nas horas que antecedem a reunião.

Até a manhã de quarta-feira, Roberto se mostrava inclinado a manter Oswaldo de Oliveira apesar da pressão que vem principalmente dos conselheiros. O provável anúncio da saída do treinador aliviaria o clima ruim para Roberto de Andrade no encontro marcado para o Parque São Jorge. O principal tema da reunião é a apresentação do orçamento do clube para 2017.

Diversos conselheiros ouvidos pelo UOL Esporte entendem que a demissão do treinador no dia da reunião traria alívio para o momento político delicado do presidente Roberto de Andrade. Ele enfrenta um processo de impeachment e pode ser destituído do cargo pelos próprios integrantes do Conselho. Aliados de Roberto, porém, asseguram que o movimento perdeu força nos últimos dias e não há riscos quanto ao último ano do mandato.

A confirmação da saída de Oswaldo é aguardada pela principal liderança política do Corinthians. O ex-presidente Andrés Sanchez, contrário à chegada do treinador, mantém a posição de que o futebol deve ser modificado para 2017. Embora ele negue, é provável uma reaproximação em caso de saída, principalmente se ela abranger também o gerente de futebol Alessandro Nunes. A permanência do ex-lateral, porém, é premissa para Roberto de Andrade, que tem nele um homem de confiança no CT Joaquim Grava.

A direção do Corinthians reconhece que há multa rescisória prevista para demitir Oswaldo de Oliveira, mas não fala em valores ou termos no vínculo assinado. Oswaldo tem contrato válido até dezembro de 2017. Por ora, só dois nomes são cogitados para a sucessão dele: Guto Ferreira, no Bahia, e o veterano Vanderlei Luxemburgo.