Pentacampeão está na área. Ricardinho faz curso e busca clube para 2017
Ricardinho está na área. Após se demitir do Tupi-MG há pouco mais de um mês, o técnico continua se aprimorando em busca de seu sétimo clube na ainda recente carreira de treinador – ele já comandou Paraná (duas vezes), Ceará, Avaí, Santa Cruz e Portuguesa, além do time mineiro. Recentemente, o ex-jogador pentacampeão do mundo finalizou um curso de técnico da CBF (licença Pro), tudo para estar mais preparado quando a hora de um novo trabalho chegar.
O principal trabalho do ‘Ricardinho treinador’ segue sendo o seu primeiro, no Paraná. Ele assumiu o time tricolor – pelo qual brilhou também como jogador – com a missão de leva-lo de volta à elite do futebol paranaense. Cumpriu a missão com tranquilidade, mas depois não rendeu o esperado na Série B e deixou a equipe com 49 jogos e 57% de aproveitamento.
Após breves passagens por Ceará (13 jogos) e Avaí (19 jogos), voltou ao Paraná em 2014, mas não ficou muito: apenas 17 partidas. Já em 2015, assumiu o clube pelo qual conquistou seu primeiro título de expressão, o Santa Cruz. Foi campeão pernambucano, mas acabou demitido no mês de junho e só foi voltar a trabalhar em 2016, ano em que comandou Portuguesa (por 12 jogos) e Tupi-MG (por apenas nove). Agora, o técnico busca uma nova chance para 2017.
“Eu pretendo dar continuidade na minha carreira de treinador, outra oportunidade, outro projeto, uma equipe que eu possa desenvolver o trabalho que eu quero desenvolver, passar as etapas necessárias até chegar num alto nível, esse é o meu objetivo”, disse Ricardinho em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. O técnico, aliás, sente-se ainda mais preparado por conta do curso feitos nos últimos dias, e já pensa até em trabalhos longe do Brasil.
“É muito proveitoso, a gente consegue agregar conhecimento, consegue aumentar o conhecimento, é importante não só pelas matérias que a gente tem, mas principalmente pelas trocas de informações, pelos debates, troca de conteúdos com outros profissionais, e a prática, a prática do dia a dia, discutir treinamento, metodologia de treinamento... Foi muito proveitoso, essa foi a segunda etapa. A licença Pró é dividida em duas etapas aqui no Brasil, e eu finalizei a segunda etapa. Ela qualifica o treinador, você procurar melhorar ou buscar o grau de conhecimento através deste tipo de oportunidade. É importante porque, hoje, para você ser treinador em outros lugares do mundo, você precisa dessa licença”, acrescenta.
Técnicos brasileiros defasados?
“Eu acho que não. O que acontece muito é esse julgamento, ele acontece dependendo dos resultados que o nosso futebol tem. Você vê que a seleção brasileira retomou o seu espaço nas eliminatórias, e conseguiu com o Tite, com o trabalho dele... Aí já muda todo o cenário, o trabalho do treinador brasileiro através da seleção brasileira é que acaba sendo o grande representante disso. Nós temos bons profissionais, sempre tivemos. E penso que essa licença não existia, essa turma nossa é a primeira turma a se formar com essa habilitação, penso que vai agregar inclusive em relação a ver o treinador brasileiro de uma outra forma, mais completa, isso tende a valorizar bastante o treinador não só no cenário brasileiro, mas no mundial. Existem muitos intercâmbios em relação não só aos treinadores brasileiros que buscam aumentar o seu conhecimento fora do Brasil, como existe também profissionais de fora. A gente teve aulas e palestras com portugueses, alemães, italianos, então o nosso curso foi neste sentido, e eu acho importante essa troca até pelo crescimento”.
Luxemburgo, Muricy, Felipão, Abel Braga...
“Primeiro que todos os citados aí são vitoriosos, conseguiram êxito na carreira de treinador e com méritos porque conquistaram títulos e fizeram bons trabalhos. Eu não penso que são ultrapassados, primeiro porque não falta conteúdo a experiência, estes treinadores estão há muito tempo no mercado e há a necessidade de se ter essa rodagem, faz parte também da preparação do treinador fazer um, dois, três trabalhos, completar o trabalho numa equipe e de repente iniciar em outro, esse ciclo traz essa experiência. São treinadores que estão há muito tempo, mas eu não vejo eles como ultrapassados, a questão aí passa de oportunidade. O que existe é uma nova geração vindo com conteúdo, com conhecimento, com preparo. Eu penso que o mercado de algum tempo atrás tinha um número menor de treinadores de ponta, e hoje existe um leque maior, existe uma nova geração surgindo”.
Renato Gaúcho: “quem não sabe, vai estudar”
“Cada um tem uma opinião, a democracia mostra isso, então eu penso que quanto mais conhecimento, quanto mais você tiver oportunidade de agregar, aumentar o seu conhecimento, é importante. É necessário o treinador de futebol buscar isso, aumentar o conhecimento para agregar na carreira, na sua metodologia de trabalho. Agora, eu respeito quem pensa diferente, é uma situação muito individual”.
Saber a hora certa de se aposentar
“Eu acho que em toda função tem o momento de você iniciar e tem o momento de você encerrar. Agora, cabe a cada profissional ter esse discernimento. Eu fiz a opção de com 34, 35 anos encerrar a minha carreira de jogador por alguns motivos que eu achava, não por lesão, não por falta de condição física, nada. Eu optei porque achei que, naquele determinado momento, as equipes que eu havia passado não estavam mais disputando as competições para tentar pelo menos ser candidata à conquista, e aquilo ali me incomodava, eu queria ter pelo menos a oportunidade de disputar para tentar uma conquista. Quando você ficava no meio da tabela para o final... Aquilo me incomodava porque eu sempre tive oportunidades de jogar em equipes que buscavam os títulos”.
Problema de saúde no Tupi resolvido
“Eu fiz alguns exames de rotina e acabou acusando anemia, e essa anemia tinha que ser investigada porque não é normal, algo que eu nunca tive, e por isso eu tive que me afastar dois dias para justamente eu entender, e a investigação era o porquê disso. Foi investigado e, na verdade, foi uma falta de absorção de vitamina B-12, e essa falta fazia com que a minha hemoglobina estivesse baixa. Então foi um momento em que eu tive que me ausentar. Preocupa mais as pessoas que estão em sua volta porque qualquer tipo de situação eu teria que procurar um tratamento para melhorar, e foi o que eu fiz. Fiz todo o tratamento com a reposição da vitamina que me deixou legal de novo, sem nenhum tipo de problema. Agora está tudo bem”.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.