Reconstrução coloca trabalho das categorias de base da Chape em evidência
Após a tragédia aérea que vitimou 19 atletas e grande parte da diretoria da Chapecoense, os desafios do clube se tornaram maiores. Como consequência, as categorias de base ganharam relevância na reconstrução do grupo de jogadores. Há seis anos era improvável que a Chapecoense pudesse alimentar o elenco profissional com “pratas da casa” de qualidade. Após o trabalho feito pela antiga diretoria na coordenação das categorias inferiores, o panorama mudou.
Em 2016, muitos jovens integraram o elenco principal, como Lourency, Lima e também Perotti. Outros ganharam oportunidades em outros clubes, como o garoto Shaylon, emprestado ao São Paulo e que tem tudo para permanecer na equipe paulista.
Para 2017, a diretoria, em conjunto com os supervisores das categorias de base, anunciou que nove jogadores farão parte do plantel principal a partir do dia 3 de janeiro, com a chancela do novo treinador Vagner Mancini, que explicou a importância desses atletas nesse ano.
“Teremos nove jogadores da base que integrarão nossa equipe já em janeiro. Queremos observar os garotos desde o início. Eles serão muito importantes, principalmente para mostrar ao que chegam o tamanho da Chapecoense.”
Mano Dal Piva, coordenador das categorias de base da Chape, é um dos responsáveis desse trabalho que começa dar resultado.
“Se eu for falar aqui de todos os nomes que estão por trás desta história poderia esquecer alguém e ser injusto. Muita gente está com o mesmo pensamento, por isso as coisas estão caminhando nessa direção.”
Mano explica como está sendo o processo de ascensão de alguns garotos ao elenco profissional e enfatiza seu orgulho ao participar deste momento.
“Hoje acredito que temos onze jogadores que podem vestir a camisa e jogar. Pelo menos iniciar a preparação com o elenco principal. Pra gente que trabalha aqui no dia a dia é um orgulho ver esses garotos podendo fazer parte desta história.”
A Chapecoense agora se prepara para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O primeiro jogo será no dia 3 de janeiro contra o Nova Iguaçu. A equipe está no Grupo 14 junto com Desportivo Brasil e Sampaio Correia. Para a competição, o time não terá quatro jogadores que estarão com o grupo principal, mas Mano não vê um lado negativo nisso.
“É para isso que serve a base, alimentar o profissional. Além de dar a chance para os garotos, existe também a parte da economia em folha de salário. Neste momento em que a Chape precisa, isso também é um fator primordial."
Mano não deixa de destacar uma figura importante nessa caminhada, o ex presidente Sandro Pallaoro, que perdeu a vida na tragédia aera em Medellín.
“Não podemos esquecer do Sandro, pois tudo passava por ele. Nós tínhamos as ideias e ele acreditava no nosso trabalho. Ele colocava muita confiança nas ações e hoje a gente colhe os frutos. Todos nós crescemos e hoje temos uma base digna de um time de Série A."
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