Números, perfil e resistência à pressão: por que Inter contratou Roberson
Único jogador anunciado pelo Internacional até o momento, Roberson não agradou a torcida logo de cara. Com passagem por clubes menores, o ex-atacante do Juventude chegou por indicação do técnico Antonio Carlos Zago. Mas se engana quem pensa que apenas a opinião do treinador convenceu o Colorado. Números e características psicológicas também foram avaliados.
Roberson fez gols o ano todo
Roberson não jogou bem apenas o primeiro semestre de 2016, quando foi destaque do Juventude no Campeonato Gaúcho. O time vice-campeão só eliminou o Grêmio porque ele marcou nos dois jogos, Jaconi e Arena. No Brasileiro da Série C, o jogador seguiu sendo importante. Foram 13 gols ao todo na temporada, média de 0,4 por jogo.
Passes decisivos
Além dos gols, o Internacional encontrou estatísticas positivas no acerto de passe e nas assistências de Roberson. Uma média de 83% de acerto independente da região do campo e com média de 3 passes decisivos (independente se a conclusão da jogada acabou em gol) por partida. Como atua em qualquer das funções ofensivas, seja como atacante, centroavante ou meia, o quesito foi importante na decisão.
Resistência à pressão
A análise psicológica feita pelo Inter sobre Roberson mostrou um jogador que aguenta a pressão em qualquer ocasião. Em 2009, por exemplo, quando tinha 20 anos e pouco tempo de time principal do Grêmio, ignorou pedidos da torcida para entregar o jogo final do Brasileiro contra o Flamengo. Fez o gol que naquela altura da partida daria o título ao rival, Internacional. Depois o Tricolor acabou perdendo e ele foi hostilizado pela torcida no regresso a Porto Alegre.
Neste ano, de volta à Arena, marcou o gol da classificação do Juventude contra o Grêmio. Marcou novamente, duas vezes, contra o São Paulo na Copa do Brasil. Mostrou, assim, que não se assusta com jogos difíceis, encara desafios complicados, como os que o Inter terá na temporada em que conhecerá a Série B.
Histórico e polivalência
O histórico de Roberson mostra um jogador comprometido com os clubes onde jogou, longe de baladas ou polêmicas e muito empenhado. Encarou até mesmo um tempo no futebol da Argélia. Teve ótima relação com o técnico Antonio Carlos Zago e também se coloca disponível para atuar em qualquer uma das funções de meio e frente. Desta forma pode suprir mais de uma lacuna no grupo.
Momento é o melhor
Roberson assina por duas temporadas com o Internacional em seu melhor momento. Nos vários clubes em que esteve, nunca viveu momento tão bom quanto agora, aos 27 anos. E como não tem contrato tão longo, caso a aposta nele dê errado, o dano causado não será tão grande. Foi uma aposta que caso não se mostre positiva pode ser resolvida rapidamente.
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