Paulo Autuori sobre Atlético-PR na Libertadores: "Sem obsessão para vencer"
O técnico do Atlético-PR, Paulo Autuori, tem uma preocupação muito clara para a temporada 2017: não permitir que a obsessão pela conquista da América atrapalhe os planos do clube para todo o ano. “Nosso objetivo é formar um time para 2017 todo. Essa obsessão não pode nos fazer pensar que só tem um caminho vitorioso”, disse em entrevista à FOX Sports.
Vice-campeão em 2005, o Atlético irá disputar pela quinta vez a Libertadores, se tornando um dos clubes brasileiros com maior número de participações na competição, invadindo o blindado G-12 nacional ao lado do Botafogo neste quesito. Paulo Autuori venceu a competição pelo Cruzeiro em 1997 e pelo São Paulo em 2005, contra o próprio clube paranaense na decisão.
A estreia está marcada para o dia 1º de fevereiro, em casa, contra o Millonarios da Colômbia. Serão dois jogos eliminatórios na casa de cada equipe. Se passar, o Atlético enfrentará mais uma fase eliminatória contra o vencedor de duelos entre Deportivo Capiatá (PAR) e Deportivo Táchira (VEN) com o vencedor encarando o Universitário (PER). Só então poderá atingir a fase de grupos onde poderá ficar ao lado de Flamengo, San Lorenzo (ARG) e Universidad Católica (CHI).
Uma missão espinhosa que Autuori avaliou assim. “Nós brasileiros vemos a Libertadores de maneira muito obsessiva. Pra nós será um prazer disputar uma Libertadores sabendo que são jogos com características distintas. As equipes colombianas são sempre perigosas, temos que estar preparados para os cenários que se avizinham. A minha maior preocupação é fazer com que qualquer coisa que não seja positiva não nos comprometa a época como um todo.”
Além da Libertadores, o Atlético terá pela frente o Paranaense, a Copa do Brasil e o Brasileirão – e poderá até disputar a Copa Sul-Americana, conforme o novo regulamento da Conmebol e seu avanço na Libertadores. Bicampeão da Libertadores e com Brasileirão e Mundial no currículo, Autuori quer que o clube se firme de vez entre os maiores do País. “Sempre falava, não adianta só nos classificarmos, tem que ir para disputar. Eu, no futebol, não cravo nada com antecedência. O futebol é imponderável, é isso que faz essa paixão toda.”
Para tanto, o técnico recebeu um grande aval da diretoria atleticana: é o principal negociador de reforços do clube na temporada. Todos que chegaram passaram pelo crivo do técnico, que tratou de reforçar o ataque, o 4º pior do Brasileirão 2016 (38 gols), um contraste com o fato de ter a melhor defesa da competição. “O desafio é melhorar o nosso último terço [do campo] e para isso precisamos de gente jovem como o Felipe Gedoz e de gente experiente como o Grafite.”
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