Acabou o pesadelo inglês: Falcao Garcia "renasce" no Monaco
Marcar mais de 30 gols por temporada no futebol europeu não é para qualquer um. Então, quando Falcao Garcia fez isso quatro vezes seguidas, ninguém teve coragem de questionar a qualidade do atacante colombiano.
Desde sua saída do Atlético de Madri, em 2013, porém, as coisas mudaram. Nas últimas três temporadas, não passou dos 11 gols (pelo Monaco em 13/14) nenhuma vez. Pior: em suas aventuras no futebol inglês foram apenas cinco gols, quatro pelo Manchester United e só um pelo Chelsea, e muitos jogos olhando o campo do banco de reservas.
Quando torcedores e especialistas estavam prontos para declarar o fim de sua carreira de goleador, porém, Falcão renasceu. A volta para o Monaco ajudou e, já na metade da temporada atual, superou a soma dos gols feitos nos últimos três anos. Foram 17 até agora, 12 apenas no Campeonato Francês.
A volta para a França ajuda a explicar esse fenômeno. Podem ter sido apenas 11 gols na temporada 2013/2014 pelo Monaco, mas ele só tinha jogado 19 vezes quando rompeu os ligamentos do joelho em uma partida da Copa da França, contra um time da quarta divisão – foi essa mesma lesão que o tirou da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Nada mal para quem estava em adaptação a um novo país, um novo time, um novo campeonato...
Então, não deveria ser surpresa para ninguém quando ele voltou a balançar as redes. Mas foi. Ainda mais pela configuração atual do Monaco. O time que Falcão conheceu há três anos e meio era experiente, fruto de altos investimentos de um bilionário russo. A equipe para o qual retornou no início da temporada era jovem e inexperiente.
Surpreendentemente, isso ajudou. Falcão é o único jogador com 30 anos dos jogadores titulares de linha (o goleiro Subasic tem 32 anos). Mais: dos 11 jogadores que costumam começar as partidas, sete têm 24 anos ou menos – incluindo os brasileiros Fabinho (23) e Jemerson (24).
Aproveitando toda essa juventude dos companheiros, Falcao rejuvenesceu. Foram 17 gols em 21 jogos. Na média, considerando substituições e jogos em que entrou no segundo tempo, o colombiano tem um gol a cada 82 minutos. Mais de um gol por partida. No Campeonato Francês, ele é o terceiro colocado na artilharia, atrás apenas de Cavani, do PSG, com 18, e Lacazette, do Lyon, com 15.
A boa fase do time do Principado é, em grande parte, fruto dessa inesperada fase de seu centroavante. Mas não é só isso. É também importante olhar para o restante do time. No Campeonato Francês, o Monaco marcou impressionantes 60 gols em 20 jogos. A média de 3 gols por jogo é a maior de uma equipe na competição desde os anos 50.
O colombiano é responsável por apenas 21% desses gols. Enquanto Cavani (46%) e Lacazette (42%) marcam quase a metade dos gols de seu time. Isso tira a responsabilidade das vitórias dos ombros do centroavante. E um jogador que, nos últimos três anos, perdeu 12 meses por lesões e mais ficou no banco de reservas do que entrou em campo, só pode se beneficiar jogando sem tanta responsabilidade.
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