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Jogo da amizade? Colômbia é duelo mais violento do Brasil nos últimos anos

VEJA A CONVOCAÇÃO DA SELEÇÃO BRASILEIRA NA FALA DE TITE

UOL Esporte

Pedro Ivo Almeida e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/01/2017 16h00

O amistoso entre Brasil e Colômbia, marcado para 25 de janeiro, será realizado como forma de homenagear as vítimas da tragédia envolvendo a Chapecoense, no fim de 2016. O motivo nobre fez Tite tratar o confronto como uma espécie “jogo da paz”, em que ele admite até que o empate seria o melhor resultado. O discurso e o contexto não têm nada a ver com os últimos encontros entre as duas seleções. Desde 2014, a Colômbia é a rival com quem o Brasil faz os seus duelos mais violentos.

A história começou na Copa do Mundo, quando as equipes se enfrentaram nas quartas. Comandada por Luiz Felipe Scolari, a seleção abusou das faltas durante todo o jogo e Fernandinho foi especialmente criticado pela violência contra James Rodriguez. No fim do confronto, sobrou para Neymar. A entrada de Zuñiga nas costas do camisa 10 acabou por fraturar uma vértebra do atacante, que por isso perdeu o restante da competição.

Foi a senha para duelos ainda mais acirrados. Na Copa América de 2015, no Chile, já sob o comando de Dunga, o Brasil viu suas chances no torneio serem minadas no duelo contra a Colômbia. Depois de uma derrota por 1 a 0, Neymar se irritou com os rivais e atirou uma bola nas costas de Armero, iniciando uma confusão generalizada. O incidente fez a Conmebol dar um gancho ao brasileiro, que perdeu o resto do torneio e duas partidas das Eliminatórias.

Depois disso, Brasil e Colômbia só se enfrentaram mais uma vez, agora já sob o comando de Tite. Antes do confronto, jogadores de lado a lado trocaram farpas. Em campo, Neymar foi caçado intensamente ao longo do jogo e chegou a reclamar das faltas duras, mas decidiu com um gol e uma assistência. Na visão de Tite, aquele confronto representa o limite da competitividade que ele espera agora no amistoso.

“O jogo aqui ele já demonstrou isso. O jogo valendo demonstrou. Foi extremamente competitivo e leal. O vencer tem de ser a custo de ser melhor. E não é ser puritano. Tem de ter competição e dá pra ser leal. E aquele jogo já foi competitivo. E dá para repetir esse padrão”, disse Tite ao ser lembrado do histórico recente entre as duas equipes.

Pode pesar a favor do treinador a ausência dos principais personagens da rivalidade. Por jogarem fora do Brasil, Neymar, Zuñiga e Murillo, com quem o brasileiro mais brigou na Copa América de 2015, não estarão em campo. Tite espera que isso e a homenagem à Chapecoense deem o tom do confronto.

“Esporte é a maneira mais barata de se educar. Quando você olha dentro do campo e vê que o outro foi melhor, demonstrou raça, garra. Isso passa...”, disse Tite.