Grêmio cedeu no preço, mas ficou com 10% de venda futura de Walace
O Grêmio acertou a ida de Walace, 21 anos, por um valor abaixo do que desejava, mas conseguiu incluir cláusulas no acordo para aumentar seu lucro na operação. Negociado com o Hamburgo, da Alemanha, por 10 milhões de euros (R$ 33 milhões na cotação atual), o volante ainda terá 10% ligados ao Tricolor.
Ou seja, em uma futura venda do jogador o time gaúcho receberá uma pequena bolada.
A ideia do Grêmio era vender Walace por, no mínimo 12 milhões de euros (R$ 40 milhões). Dono de 60% dos direitos econômicos do jogador, o time gaúcho resistiu até o fim. Não queria negociar seu volante titular agora. E nesta queda de braço, cedeu quanto ao valor com uma condição: manter percentual.
O pedido foi atendido pelos demais envolvidos no negócio e o acordo fluiu. As tratativas entraram em ritmo acelerado a partir de quinta-feira. A ponto de Renato Gaúcho, no sábado, declarar publicamente que havia uma proposta pelo volante. A diretoria, até aquele momento, não confirmava a situação.
No domingo, o Grêmio trocou papéis e confirmou a operação com o Hamburgo. E também reafirmou a condição de seguir com 10% de Walace. Os valores a serem recebidos dependerão do preço total de uma eventual negociação. E a transferência é considerada praticamente certa. Campeão olímpico com a seleção brasileira, o volante estava na mira de Espanyol-ESP, Lazio-ITA e outros times alemães.
Além do acordo pelos 10% de uma futura venda, o Grêmio tem outra fonte de receita com Walace: o mecanismo de solidariedade estipulado pela Fifa. A entidade máxima do futebol determina que os clubes formadores receberam uma quantia em cada negociação internacional.
Walace chegou ao Grêmio com 18 anos e permaneceu até os 21. O Tricolor poderá reivindicar entre 2% e 2,5% de futura transferência internacional do volante. Ou seja, do Hamburgo para qualquer time fora da Alemanha.
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