Marlos, Júnior Moraes e Ismaily são alvos da seleção. Mas não do Brasil
A Ucrânia pode jogar a sua classificação para a Copa do Mundo da Rússia com um ataque nascido no Brasil. O meia-atacante Marlos, ex-São Paulo, e o centroavante Júnior Moraes, ex-Santos, iniciaram conversas para defender a seleção ucraniana. Outro jogador que interessa ao time é o lateral esquerdo Ismaily, parceiro de Marlos no Shakhtar Donetsk.
“Surgiu uma situação, sim. Como eu moro na Ucrânia há cinco anos, já tenho o direito de conseguir a documentação necessária e atuar pela seleção. O treinador Shevchenko chegou a falar comigo algumas vezes e fiquei muito feliz, pois é um ídolo do futebol mundial e um cara que sempre admirei. Saber que uma pessoa como ele gosta de mim é motivo de orgulho”, confirmou Marlos, destaque do Shakhtar nas últimas temporadas, ao UOL Esporte.
No fim de 2016, Júnior Moraes, artilheiro do Campeonato Ucraniano da última temporada, já tinha revelado contatos com o ex-jogador de Milan e Chelsea sobre a naturalização. "A gente conversou sobre a situação e o interesse [da Ucrânia]. Mas tenho até julho para pensar sobre a opção. Não é uma escolha fácil abandonar o sonho de defender a seleção brasileira. Tenho um bom relacionamento com Shevchenko, e principalmente, com o auxiliar técnico dele [o espanhol Raúl Riancho), que foi auxiliar do Dínamo".
Marlos deve ser o primeiro a anunciar uma decisão, já que completou, em janeiro, cinco anos desde que chegou à Ucrânia – prazo mínimo para a naturalização. Ele foi comprado pelo Metalist Kharkiv em janeiro de 2011, quando jogava no São Paulo, e trocou de time na Ucrânia em 2014. Moraes chegou à Ucrânia em agosto de 2011, então ainda tem um semestre para tomar uma decisão. Ismaily seria uma opção apenas para 2018.
A decisão não foi ainda tomada por um temor de como a naturalização seria aceita na Ucrânia. “É um assunto delicado [aceitar o convite ucraniano]. Estou tratando com muita paciência e conversando bastante com a minha família. Pensando pelo lado esportivo, seria bacana porque teria a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo. Mas não se trata apenas disso. Eu e minha família precisamos analisar muitos fatores, pois é outra cultura, outros costumes. Eu adoro a Ucrânia e sou muito bem tratado aqui, mas também preciso saber o que os atletas da seleção pensam a respeito disso, se eu seria bem-vindo ao grupo, se o povo ucraniano aceitaria”, explicou Marlos.
Um dos opositores à ideia é justamente o ex-técnico da seleção Ucraniana, Mikhail Fomenko. Em entrevista ao site Football.ua, ele afirmou que “a seleção ucraniana deve ter jogadores ucranianos. Não seria uma seleção com estrangeiros”.
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