Presidente do Conselho diz que impeachment não é bom para o Corinthians
O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Guilherme Strenger, afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes que o processo de impeachment contra o presidente Roberto de Andrade "não é uma coisa boa" para o clube, mas que o rito deve ser seguido até o fim conforme o estatuto.
"Evidentemente que não é uma coisa boa para o Corinthians, mas a mim não cabe analisar o mérito da questão. Eu apenas, como presidente do Conselho, cumpro o que diz o estatuto. Os conselheiros é que julgarão se aquilo que consta no pedido procede ou não", disse Strenger.
"Eu digo que o impeachment como procedimento, em qualquer clube, obviamente tem seus aspectos negativos. Se estiver negociando algum patrocínio, por exemplo. Mas ele existe, está disposto no estatuto do clube, e o que vamos ter que julgar é se realmente os motivos que ensejaram esse pedido são procedentes ou não", completou.
Strenger também disse que existem "questões políticas" no pedido de destituição de Roberto de Andrade. As acusações contra o mandatário se baseiam em irregularidades na assinatura de documentos em data na qual ele ainda não era oficialmente o presidente do clube.
"[O impeachment] É um procedimento administrativo, mas naturalmente sua decisão envolve, não se pode negar, questões políticas. Ele estabelece regras objetivas para que enfim ocorra o pedido de destituição. Mas os que votam, na verdade, não estão obrigados a dizer por que estão votando a favor ou contra. Pura e simplesmente votarão".
Na próxima segunda-feira (20), o Conselho Deliberativo se reunirá para decidir se acolhe o pedido contra Roberto. Em caso positivo, o presidente será afastado de forma cautelar até que uma assembleia de sócios decida se ele perde o mandato definitivamente ou se volta ao cargo.
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