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STJD mantém multa ao Grêmio por Carol Portaluppi em campo após final

Filha de Renato Gaúcho comemorou título da Copa do Brasil dentro do gramado - JEFFERSON BERNARDES/AFP
Filha de Renato Gaúcho comemorou título da Copa do Brasil dentro do gramado Imagem: JEFFERSON BERNARDES/AFP

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre*

15/02/2017 16h56

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) manteve a multa de R$ 50 mil ao Grêmio, por conta da presença de Carol Portaluppi em campo após a final da Copa do Brasil de 2016. Em sessão do Pleno, nesta quarta-feira (15), o tribunal deu provimento parcial ao pedido de recurso do clube gaúcho. Os auditores reduziram apenas a multa aplicada por uso de sinalizadores.

No primeiro julgamento, na 5ª Comissão Disciplinar, o Grêmio foi punido com três multas que totalizavam R$ 60,8 mil (R$ 50 mil pela presença de Carol Portaluppi, R$ 10 mil por uso de sinalizadores e mais R$ 800 por arremesso de bobina no gramado).

O departamento jurídico do Grêmio recorreu e levou a denúncia ao Pleno. No novo julgamento, a multa por uso de finalizadores foi reduzida para R$ 3 mil e o total da conta agora é de R$ 53,8 mil. O caso não permite mais recurso.

Para defender a presença de Carol, o Grêmio levou uma credencial destinada a ela ao STJD. O item, produzido pela CBF, contém o nome da filha do treinador e serve para dar acesso ao gramado. Mesmo assim, os auditores mantiveram a punição.

“O problema do Renato é não ter um filho chamado João. As razões do tribunal são ridículas. ‘A credencial é nova’, então estão insinuando que o Grêmio conseguiu outra credencial com a CBF para levar no julgamento? Ridículo”, disse Nestor Hein, diretor jurídico do Grêmio.

No primeiro julgamento, o Grêmio ainda havia recebido advertência por atraso no início do jogo contra o Atlético-MG. Walter Kannemann foi absolvido da confusão com Erazo, depois do apito final.

Grêmio e STJD possuem relação conturbada há anos. Em 2014, o clube foi eliminado da Copa do Brasil pelo tribunal após o goleiro Aranha relatar injúrias raciais por parte de torcedores do tricolor.

Em 2016, o Grêmio perdeu o mando de campo da final da Copa do Brasil. Sob o argumento de que Carol Portaluppi invadiu o gramado nos minutos finais da semifinal, diante do Cruzeiro. O clube recorreu ao Pleno e conseguiu derrubar a decisão.

*Atualizada às 17h11min