Processo, demissão, lesão: A vida dura dos campeões olímpicos de futebol
Neymar bateu o pênalti no ângulo e deu ao Maracanã lotado uma das medalhas de ouro mais esperadas da história olímpica do Brasil. Na última segunda, a conquista sobre a Alemanha completou seis meses, mas alguns dos principais nomes daquele título não têm muito o que comemorar. Longos períodos no banco, lesões, processos na Justiça e até uma demissão marcaram a vida de alguns dos principais campeões olímpicos, que o UOL Esporte conta na lista a seguir.
Principal astro pode até ser preso
A Justiça da Espanha recusou o recurso e Santos, Neymar e Barcelona serão julgados por acusações de corrupção e fraude na transferência do jogador. O grupo DIS, que detinha 40% dos direitos econômicos do atacante, alega não ter recebido os recursos correspondentes e pede a prisão dos envolvidos – Neymar poderia pegar até oito anos caso o tribunal aplique a pena máxima.
É a gota d’água para quem já não vem jogando tudo o que pode desde aquela época. No Barcelona, ele só fez menos gols em sua temporada de estreia, quando ainda nem era titular absoluto. Neymar ainda segue às turras com a imprensa, irritado com as críticas dos tempos das Olimpíadas.
Se está tudo dando meio errado no futebol, ao menos ele está bem feliz com a Bruna Marquezine, obrigado por perguntar:
Chefes demitidos da seleção
A seleção que começou fazendo feio, deu a volta por cima e conquistou um título inédito tinha um “chefe”: Rogério Micale, que na época da Rio-2016 parecia o grande estrategista por trás da conquista. Exaltado pelo trabalho, ele foi sondado por alguns clubes, mas ficou na seleção com a expectativa de ser o comandante da base que deveria municiar o trabalho de Tite.
O vexame no Sul-Americano sub-20 que deixou o Brasil sem vaga na categoria, porém, deflagrou a crise. Ele e Erasmo Damiani, até então coordenador das seleções de base, foram demitidos da CBF e saíram falando poucas e boas de Edu Gaspar, braço direito de Tite que deve definir os substitutos.
Gabigol sofrendo na Inter de Milão
Quando o Brasil subiu ao pódio no Rio, não era absurdo dizer que Gabigol e Gabriel Jesus estavam em níveis parecidos. Seis meses depois, uma afirmação dessa soa bem diferente. O ex-santista, como o xará, foi vendido logo depois do ouro, só que embarcou direto para a Itália e nunca conseguiu se firmar na Inter de Milão.
Foram meses de críticas dos técnicos, muito tempo no banco e entrevistas polêmicas. Wagner Ribeiro, empresário do atacante, chegou a dizer que ele estava sendo “humilhado”. Aos poucos Gabigol vai melhorando. No último fim de semana, marcou o primeiro gol oficial pela Inter e chegou a ser comparado a Ronaldo. Só que ainda está longe do atacante que levou o ouro para casa.
Gabriel Jesus machucado
Aqui é bom ressaltar: Não é que Gabriel Jesus esteja mal depois do ouro. O atacante, afinal, foi campeão brasileiro pelo Palmeiras, terminou 2016 como artilheiro da seleção brasileira no ano e teve um começo fulminante pelo Manchester City. O problema é que nem ele escapou de uma certa “zica”.
Por causa da fratura no quinto metatarso do pé direito, Gabriel Jesus teve de ser operado e ficará fora dos gramados por cerca de três meses. Dependendo de como for a recuperação do ex-palmeirense, ele pode nem voltar nesta temporada europeia.
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