Técnico diz que não foi consultado e se esquiva sobre passado de Bruno
Técnico do Boa Esporte, Julinho Fonseca disse não ter sido consultado a respeito da contratação de Bruno. Embora prometa tratamento sem preconceitos para o jogador, condenado em primeira instância pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio, o treinador se esquivou ao ser questionado sobre o passado do goleiro.
"A gente estava em uma viagem. Foram seis dias fora para dois jogos e não teve contato. Não fui consultado e a direção tomou a decisão", disse o treinador, para logo em seguida ser questionado se o passado de Bruno não o incomodava.
"Acho que a opinião de qualquer pessoa não é relevante neste momento porque o clube tem o direito de contratar o porteiro, o jogador ou o treinador, são cargos de confiança e temos de respeitar a decisão dos donos. A premissa do treinador, do educador, é não ver rosto e dar um bom treino ao seu atleta e é isso que eu vou fazer", disse Julinho.
A entrevista ocorreu no fim do último treino do Boa antes do jogo contra o Araxá, pela segunda divisão do Mineiro. Apresentado nesta terça, Bruno esteve na fisioterapia fazendo exames e chegou a rezar com o grupo no centro do gramado durante o trabalho do elenco comandado por Julinho.
Bruno está em liberdade porque o julgamento do recurso que sua defesa apresentou em 2013, após a condenação a mais de 22 anos por júri popular, ainda não foi apreciada pelo TJ-MG. Por entender que não havia "justa causa" para manter o réu em prisão preventiva antes do julgamento em segunda instância, o STF concedeu habeas corpus ao jogador, que assim pôde assinar com o Boa.
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