Meia do Atlético-PR depõe sobre crime e tem liberdade provisória negada
A Justiça Argentina decidiu manter preso o meia Luciano Cabral, cujos direitos pertencem ao Argentinos Juniors, com empréstimo em vigor junto ao Atlético Paranaense. Nesta segunda (20), ele depôs sobre o crime de assassinato do qual é acusado. Nem mesmo o compromisso de ser amparado pelo clube Argentinos Juniors permitiu que ele respondesse o processo em liberdade. Cabral completou dois meses e 17 dias na cadeia.
"Não sou nenhum assassino, não matei ninguém, só quero jogar futebol. E se me dão a liberdade, não vou fugir", disse o jogador, que terá de ficar na prisão durante o processo. O contrato dele com o Atlético irá até o meio do ano, ainda está em vigor, porém suspenso, com suspensão também no pagamento de salários (estima-se cerca de US$ 20 mil mensais). O Atlético ainda não tem uma posição sobre como irá agir com o jogador.
Ainda no julgamento, Cabral jurou inocência e desconhecimento de como se deu a morte de Joan Villegas com golpes de pedra na cabeça no dia 1 de janeiro. “Participaram o meu pai com uns primos meus. Desconheço como tudo começou, mas tem muitas versões que me põe no meio. O que sei é que meu pai e meu primo estiveram em uma briga e eu cheguei logo depois de tudo que aconteceu. Por ter chegado depois, pensam que estive lá”, declarou.
Cabral esteve na audiência acompanhado pelo presidente do Argentinos Jrs., Cristian Malaspina. O Atlético não enviou representantes à Argentina em nenhum momento. O julgamento do meia deve ser realizado em cerca de cinco meses.
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