Com Tite, seleção perde o medo do Sudeste e vê torcedor eufórico novamente
A seleção brasileira não teme mais a hostilidade e o alto nível de cobrança do torcedor do sudeste do país. Impulsionado pela boa fase, o time volta a atuar em cidades que eram temidas na Era Dunga, como São Paulo e Belo Horizonte. E a recepção tem sido sempre positiva.
A Arena Corinthians, contra o Paraguai, terá mais de 45 mil pessoas mesmo com o ingresso custando pelo menos R$ 200.
Mais do que isso, o exemplo de que a paz foi restabelecida foi visto no Morumbi, no treino aberto. Mais de 10 mil pessoas foram ao estádio do São Paulo e vibraram bastante mesmo sem nem ver os titulares em campo.
Na saída da equipe do campo para o ônibus, centenas se acumularam nas grades em busca de uma foto, um abraço ou um autógrafo.
"Com certeza é muito legal ver todo mundo com a gente de novo. Todos acompanhando o trabalho do professor Tite e isso só passa confiança para a gente. Hoje teve muita energia positiva no estádio. Isso é bom para a gente", afirmou Coutinho.
Já havia sido assim contra a Argentina, em Belo Horizonte, em novembro. O estádio que ficou marcado pelo 7 a 1 apoiou em peso a seleção para a importante vitória por 3 a 0 em cima dos hermanos. O próximo passo será atuar no Rio de Janeiro, no Maracanã.
Tite tem participação importante nisso. Embora tenha forte ligação com o Corinthians, seu trabalho é admirado por todas as torcidas da cidade. Ele sempre foi apontado como unanimidade entre palmeirenses, são-paulinos e santistas para o cargo de técnico da seleção.
Sua moral com a torcida é tão alta que ele pegou o microfone da entrevista após o jogo contra o Uruguai para pedir calma ao torcedor que for à Itaquera. Seu receio é que uma retranca paraguaia dificulte o jogo. E ele não quer que a torcida perca a paciência por isso.
Durante a Era Dunga, a ordem era marcar os jogos apenas no norte e nordeste. O problema é que o mau futebol apresentado no início das Eliminatórias fez até mesmo os torcedores mais tolerantes vaiarem.
Mesmo abrindo o treino em alguns momentos, o técnico ouviu xingamentos da torcida e viu alguns de seus jogadores serem criticados, como foi o caso de David Luiz.
Com o ex-treinador, aliás, o único jogo disputado em São Paulo tinha sido um amistoso de preparação para a Copa América, contra o México.
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