Prass diz que apoio da torcida é coisa de maluco e se preocupa com pressão
Com 38 anos e longa trajetória no futebol, Fernando Prass ainda consegue se espantar com algumas situações do futebol. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (20), o goleiro do Palmeiras disse se espantar com a reação da torcida mesmo após a derrota por 3 a 0 para a Ponte Preta na primeira partida da semifinal do Paulistão, disputada no domingo passado.
Além das campanhas criadas nas redes sociais, como a #AteOApitoFinal, o atleta revela um assédio fora do comum nos passeios que tem dado pelas ruas desde então. Mais de 33 mil ingressos já foram vendidos.
“Eu tive que sair esses dias para o shopping e me assustei. A resposta é sensacional. Todos que me abordavam falavam que estariam lá no Allianz Parque, que a gente precisava acreditar porque eles estavam acreditando. Eu estou aqui desde 2012, joguei Série B, joguei contra a queda, e a torcida sempre esteve nos estádios”, disse Prass.
“Há dois dias, eu vi que já tinham mais de 30 mil ingressos vendidos. Isso é coisa de maluco. Claro que não é por isso que a gente vai classificar, mas tenho certeza que eles vão sair orgulhosos do estádio”, completou.
Ao mesmo tempo que se impressiona com o apoio, Prass diz que precisará dosar bastante o que vem das arquibancadas com o que precisa fazer dentro dos gramados.
Com sua experiência, o atleta diz que o excesso de vontade e de adrenalina também podem prejudicar bastante o desempenho da equipe.
“A gente precisa dosar as situações. Quando entrar em campo no sábado, o estádio vai pulsar. Nós vamos nos arrepiar. A adrenalina vai a mil. Isso vai nos dar um gás extra, mas não pode atrapalhar. Porque se pilhar demais o fio vira”
Além do apoio da torcida, Prass ainda diz se inspirar na história que poderá deixar no clube caso consiga reverter a derrota e classificar para a final do Paulistão. Campeão da Copa do Brasil, da Série B e do Brasileirão, o goleiro ainda não tem o título do Paulista.
“Me inspiro na projeção de futuro, no que posso deixar marcado na história. A gente tem a chance de chegar a uma final de campeonato de uma maneira histórica e isso, com certeza, não vamos esquecer se conseguirmos. Ninguém lembra da semifinal do ano passado ou do retrasado, mas uma semifinal dessa... se a gente tiver êxito, vai marcar”.
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