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Apresentada em Orlando, Marta se diz surpresa com recepção e exalta liga

Twitter/Reprodução
Imagem: Twitter/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

21/04/2017 12h56

A brasileira Marta foi apresentada nesta sexta-feira (21) como reforço do Orlando Pride, time que disputa a National Women’s Soccer League (NWSL). Recebida com festa no aeroporto da cidade na quinta-feira (20), a camisa 10 da seleção brasileira comemorou a oportunidade de jogar em uma liga competitiva e falou da ansiedade até conseguir viajar ao país – seu visto de trabalho tardou a sair.

“Estava um pouco incerto se ia dar tempo de pegar o avião ontem, porque acordei pela parte da manhã porque estava aguardando uma ligação da embaixada avisando que o visto estava pronto. Mas tudo correu bem, consegui e o voo foi tranquilo. Graças a Deus estou aqui hoje”, contou a meia-atacante, que ficou feliz da recepção à cidade.

Marta disse que já tinha conhecimento da atmosfera local, do envolvimento da torcida com o clube, mas que foi surpreendida pela quantidade de pessoas que estavam no aeroporto no momento de sua chegada, às 22h do horário local.

A nova camisa 10 do Orlando Pride afirmou ter alguma familiaridade com o ambiente do time, já que conheceu algumas de suas companheiras ao longo da carreira.

“Das jogadoras eu já tive o privilégio de jogar com algumas e acompanho elas nas redes sociais. Temos também duas brasileiras, Monica e Camilinha, com quem tenho uma boa relação. Estávamos na seleção e falamos um pouco sobre a equipe, os fãs, a cidade. Não falamos de tática. Hoje vou conversar com o treinador. Foram elas que me passaram algumas coisas da equipe, do dia a dia”, disse.

Confira outros tópicos comentados pela brasileira:

Jogar em uma liga difícil

"Obviamente que a seleção americana, o futebol dos Estados Unidos sempre foi uma referência muito grande. A gente ouve muitos comentários através dessa paixão que tem no futebol feminino dos EUA, qual atleta que gosta de estar em alto rendimento não gostaria de estar num país que tem uma das melhores ligas?"

Contato com Kaká

"Na verdade eu tive a oportunidade de falar com ele (Kaká) já depois do anúncio de que eu viria para cá. Foi mais uma conversa descontraída e ele se mostrou muito feliz com a minha vinda, se disponibilizou para ajudar no que foi preciso."

Recepção no aeroporto

"Já tinha a ideia de como era a atmosfera aqui, os fãs muito envolvidos com o clube, mas eu realmente constatei ontem no aeroporto e fiquei muito surpresa, porque não esperava a quantidade de pessoas lá, mesmo porque já eram 10 da noite. Aquilo me deixou muito feliz, emocionada. Foi um começo muito bonito e espero que continue assim."

Mentalidade no novo clube

"Meu pensamento é sempre fazer o meu melhor dentro e fora de campo, ajudar minha equipe a chegar nas conquistas. Quando se trata de uma liga tão competitiva como é a dos EUA e os grandes atletas que o clube tem, a gente pensa em chegar no título. Não é fácil porque tem várias equipes de alto nível, competitivas."

Fazedora de gols?

"Como meia-atacante, nossa prioridade é sempre fazer o máximo de gols possíveis nas partidas. Não vamos fazer milagres, vamos jogar futebol como sempre jogamos a vida inteira e buscar o melhor de cada atleta para juntos superarmos essa situação e fazer o máximo de gols."

Motivação

"A alegria de estar aqui, a vontade de já de cara poder treinar, conhecer as meninas, o trabalho da comissão toda... isso é uma grande motivação para gente esquecer o cansaço e fazer o melhor. Vou falar com o treinador no treino e decidir o que fazer amanhã."

Encerrará a carreira em Orlando?

"Falar do futuro é complicado porque não depende só de você. O futuro é construído nesse momento. O que eu quero é continuar fazendo o que eu gosto de fazer, que é jogar futebol. Não consigo pensar três quatro anos à frente. Estou vivendo esse momento agora que é o mais importante."

Chegar como líder

"O capitão é aquele atleta que se dirige ao treinador com mais frequência, ao árbitro. Através dele a gente passa as mensagens às pessoas que necessitam saber do que a gente gostaria. Cada atleta sabe do seu papel na equipe e comigo não será diferente. Nos clubes que joguei, na seleção, sempre procurei ter um bom relacionamento com todos. Me motivar e através da minha motivação motivar minhas companheiras e buscar sempre fazer o melhor. Não tem muito segredo. Vai muito do momento."