Ex-United tenta ser técnico, mas culpa racismo por falta de oportunidades
Tricampeão inglês e campeão da Liga dos Campeões com o Manchester United, o ex-atacante Dwight Yorke tem encontrado dificuldades para iniciar sua carreira como treinador. Aos 45 anos, o ex-jogador vê na cor da sua pele a razão pela falta de oportunidades.
“Se não é por causa da cor da nossa pele, então por que é?”, questionou em entrevista à “BBC”. “Estou falando abertamente sobre isso. Sejam justos, nos deem ao menos uma entrevista”.
Yorke aproveitou para lançar luz sobre a falta de técnicos negros nos principais campeonatos europeus. Entre as quatro primeiras divisões da Inglaterra, apenas dois treinadores são negros: Keith Curle (Carlisle United) e Chris Hughton (Brighton & Hove Albion).
“Veja o Campeonato Inglês? Há algum treinador negro? E no Campeonato Italiano? Há algum treinador negro? A lista continua. Futebol é um esporte global e os jogadores negros têm contribuído a ele há anos”, continuou Yorke.
Depois que se aposentou do futebol, Yorke assumiu a função de auxiliar-técnico da seleção de Trinidad e Tobago entre 2009 e 2010. De lá para cá, não assumiu nenhuma equipe como treinador.
“No caso de pessoas como eu, que possuem credibilidade no esporte e jogaram por times de grande nível, você pensa que conseguirá um emprego ou ao menos uma entrevista. Mas você não é nem sequer entrevistado”.
“Vejo com meus próprios olhos treinadores serem demitidos e contratados, enquanto não conseguimos nem uma entrevista. Vejo isso como algo injusto”, completou Yorke.
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