Aposta corintiana conta ligação com Firmino e "causo" com beijo secreto
Aposta do Corinthians para dar novo gás ao ataque, carente de uma opção confiável de velocidade para as pontas, o atacante Clayton já viveu situações curiosas em pouco tempo de carreira. Criado na base do Figueirense, o jogador de 21 anos tem dois jogadores da seleção brasileira como pivôs de sua trajetória: Roberto Firmino e Filipe Luís.
Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o recentemente contratado Clayton fala sobre os dois colegas e conta uma história curiosa vivida na base do clube catarinense. Dentro do grupo de jogadores, ainda adolescentes, um deles beijou uma aluna do colégio onde estudavam, em Florianópolis, e criou confusão com vizinhos na época. A direção do clube jamais soube qual dos jovens foi o 'beijoqueiro', história que diverte o recente reforço corintiano.
"Essa resenha é antiga [risos]. Contam até hoje que um pessoal do bairro corria atrás da gente, dos meninos [que jogavam na base do Figueirense]. Éramos um grupinho e o pessoal do bairro acabou não gostando e deu problema. Como o grupo era unido, ninguém entregou ninguém e todo mundo levou a culpa. O pessoal do bairro queria bater na gente, queria brigar, mas nunca deu um problema sério", relembra Clayton.
Fã de Thierry Henry e apaixonado por Floripa, que define como 'melhor cidade do país', o carioca Clayton conta essas e mais histórias na entrevista. Até aqui, ele persegue o primeiro gol com a camisa do Corinthians, e tem recebido oportunidades em praticamente todas as partidas. Na última delas, contra o Internacional pela Copa do Brasil, perdeu debaixo da trave. Mesmo assim, se vê muito mais maduro depois de uma temporada difícil pelo Atlético-MG, em 2016.
Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista exclusiva com o atacante Clayton:
Recusou Inter de Santos para ir ao Figueirense
Em 2007, fiz testes no Santos e no Inter. Passei nos dois, mas no fim do ano fiz testes no Figueirense e gostei do clube. Me ofereceram boa estrutura para ficar, o planejamento de carreira seria melhor. Assim, cheguei mais cedo no profissional [estreou aos 17 anos] do que chegaria jogando por outros clubes. Além do mais, por ser perto de casa [vivia em Jaraguá do Sul-SC].
Quem levou ao Figueirense? Pai de Filipe Luís
O pai dele, o Moisés, me levou para o Figueirense. Ele mora em Jaraguá do Sul, e como o Filipe foi jogador do meu pai [tem escolinha de futebol em Jaraguá], foi quem me ajudou. O Moisés tem grandes méritos, agradeço muito a ele por me levar ao Figueirense.
Pai ex-jogador: fundamental
Além de ser um grande pai, ele é um excelente exemplo e me passa a experiência da época em que ele jogava, me diz o que devo fazer em certos momentos e [...] ficou muito feliz por eu vir para o Corinthians. Sem dúvida meu pai jogava melhor que eu, vou dar moral para ele (risos). Ele era meia, então reclama que não ficou rico porque não fazia gol (risos).
Obs.: Biro, pai de Clayton, jogou pelo Juventus, equipe de Jaraguá, entre outras equipes.
Dividiu casa com Firmino em Florianópolis
Moramos juntos no alojamento. Na época em que o clube estava para cair, em 2008, a gente torcia para o clube, dava muitas risadas juntos, e aconteceu que o Figueirense acabou caindo. Vibrávamos pelos gols, ele era mais velho, mas tivemos contato ali. O Firmino nunca foi de falar muito, agora está mais solto, "meteu" um coque samurai, mas sempre foi muito alegre, sempre muito para frente e na dele. Sempre um cara de rir muito e falar pouco. É muito gente boa.
Obs.: Quatro anos mais velho que Clayton, Firmino era da base do Figueirense.
Trabalhou com atual auxiliar-técnico
Subi no profissional do Figueirense em 2012, mas caímos na Série B e acabei voltando para a base. Foi quando trabalhei com o Cuca [auxiliar de Carille]. Tivemos uma relação muito boa, eu era um dos capitães do time dele. É excelente como técnico e como auxiliar, tem me ajudado muito.
Por que não veio ao Corinthians anteriormente
Na verdade, não dependia só da minha parte. Havia outras partes com outros interesses [investidores, donos de direitos econômicos], além do Figueirense. Não foi uma escolha só minha. O Atlético foi um grande aprendizado, consegui aprender e chego melhor preparado. Não acho que foi uma escolha errada. Chego mais experiente para deslanchar no Corinthians.
Ser um jogador fatiado já atrapalhou?
Me prejudicou, sim, no Atlético. Fiquei três ou quatro semanas parado para [regularização de contrato]
Se preocupa com o que pode ocorrer no fim do empréstimo?
Acho que todo jogador sabe muito bem como funciona. É preciso estar no seu melhor para ganhar o espaço, independente do contrato. A gente sabe que, se jogar bem, vai ficar.
Se intimidou no Atlético?
Foi um grande aprendizado [dividir elenco] com Fred, com Pratto, Robinho, Maicosuel, Luan. Por não ser um dos jogadores principais do grupo, como era no Figueirense, aprendi muito. Não consegui dar sequência, mas hoje me sinto mais experiente e preparado para qualquer ocasião, para deslanchar de vez.
Ataque do Corinthians faz poucos gols
A equipe do Corinthians é muito equilibrada, vem fazendo bons jogos, é uma equipe muito ‘copeira’ que sabe jogar os jogos, sabe suportar as adversidades, mesmo se sai atrás do placar mantém o padrão. Não concordo com isso de que não vai bem no ataque, o que importa é ter equilíbrio e vencer os jogos. O retrospecto do time esse ano é bom.
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