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Autuori faz mea-culpa por derrota na final do Paranaense e espera reação

Paulo Autuori reconheceu que o Atlético entrou desligado no Atletiba - Hedeson Alves/EFE
Paulo Autuori reconheceu que o Atlético entrou desligado no Atletiba Imagem: Hedeson Alves/EFE

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

02/05/2017 11h31

O Atlético Paranaense ainda costura as feridas da derrota por 0 a 3 em casa na primeira final do Paranaense 2017 com o rival Coritiba, mas o tempo de sofrimento é curto: nesta quarta-feira, 21h, o time tem mais um jogo decisivo pela Copa Libertadores. Pela frente, o San Lorenzo em um duelo que pode colocar o Furacão como classificado para as oitavas de final da competição continental. Se derrotar o Ciclón, o Atlético estará garantido na próxima etapa.

Ainda assim, a coletiva de imprensa com o técnico Paulo Autuori não deixou de abordar a impactante derrota para o rival. O técnico aproveitou para fazer um mea-culpa: o time não entrou ligado na decisão. “Vou tentar se coerente com a vida, com o que eu penso. A vida de um treinador não é muito fácil. Nós sempre temos que tomar as decisões e elas são tomadas antes daquilo que pode acontecer. Quem comenta, quem analisa e quem torce, fala depois do fato. Pra mim seria muito fácil dizer, “é o momento certo” (de perder). Mas não concordo com isso de maneira nenhuma. Nós fazemos o momento e nós não soubemos fazê-lo. Vivemos esse jogo de quarta-feira já no domingo. Que sirva de lição pra nós”, confessou.

Queixoso do calendário brasileiro, que colocou o Atlético em meio a várias decisões ainda no primeiro semestre, Autuori também reconheceu que a agenda complicada não é motivo de reclamação. “Queremos estar envolvidos em decisões. A nossa postura e o nosso rendimento pós momentos complicados foram muito boas. Esse problema será solucionado. Agora o nosso obstáculo se chama San Lorenzo. Entre o nosso sonho e a realidade tem um obstáculo. Isso pode nos dar uma classificação antecipada”, disse.

Por fim, o técnico atleticano fez uma parábola sobre o momento da equipe ao convocar o torcedor para mais uma decisão: “Isso é como ter um filho. Em algum momento as coisas não acontecem como a gente quer. Mas o orgulho de ser pai permanece. Eu nem precisaria pedir, tenho certeza que a nossa torcida vai estar aqui. Vamos dar a vida. E eu tenho certeza que ela vai sair orgulhosa desse filho.”