"Viciado" em jogo de tiro, Maicosuel fala em gratidão ao Atlético-MG
Gratidão. Esta é a palavra que melhor representa a relação entre Maicosuel e Atlético-MG, clube com o qual tem contrato desde maio de 2014. Presente em 80 partidas do clube, o atacante marcou nove gols e se sente à vontade em Belo Horizonte, mesmo que o seu principal passatempo na cidade seja ficar em casa em frente ao videogame.
Bicampeão mineiro e vencedor da Recopa Sul-Americana e Copa do Brasil, o camisa 70 demonstra identificação com o Galo e ressalta a importância do clube em sua trajetória no futebol:
“Acho que é até normal, porque hoje nossa família é o Galo. A gente passa mais tempo lá que com nossa família. É normal essa identificação, acontece de maneira natural. Eu, particularmente, gosto muito daqui, aprendi a gostar”, disse ele, em entrevista ao UOL Esporte.
“Estou muito feliz aqui, não posso deixar para trás as histórias que construí em outros clubes. Tenho um carinho enorme pelo Paraná e pelo Botafogo, clube com o qual me identifiquei bastante. Estou feliz aqui pelo grupo, pelo ambiente de trabalho, pelas pessoas que me cercam, pela cidade em si, um lugar que me abraçou. Só tenho a agradecer pelo Atlético. Em dois anos aqui, porque foi emprestado durante um, conquistei quatro títulos. O Atlético me deu muito mais que eu para ele, podemos dizer assim”, acrescentou.
A felicidade de Maicosuel não se restringe somente ao ambiente profissional. Casado e pai de duas filhas, Eduarda e Belinha, o atacante vive um ótimo momento no âmbito pessoal. Durante as folgas, ele quase não desgruda das garotas:
“São os meus xodós. É para a vida toda. É um amor verdadeiro e incondicional, porque amor de filho é bem diferente. Quando chego em casa, elas costumam vir para me receber e abraçar. Elas dão uns gritos, porque gostam de bagunçar bastante, mas é isso. Tudo que tenho na vida, mas são meus tesouros”, afirmou.
Uma coisa, no entanto, faz com que o atleta divida o tempo ao lado da família em casa: jogar Rainbow Six em seu videogame. “Eu gosto de jogar muito videogame, muito mesmo. Gosto de jogar Rainbow Six. É tiro, jogo bastante. Jogo com os meninos do Galo mesmo”, contou o jogador, que perde toda a modéstia quando precisa escolher o melhor entre os colegas de jogo na Cidade do Galo: “Sou eu”, garantiu em tom bem-humorado.
“Tem um menino da base do Galo, que se chama Luis Guilherme, agora está emprestado para o interior de São Paulo. Ele joga muito bem também. O Yago joga bem. Eu jogo há bastante tempo. Faz três, quatro anos que jogo esse jogo”, acrescentou.
Os companheiros de videogame não são apenas os atleticanos. Há atletas de outros clubes que costumam enfrentar o craque do Atlético-MG:
“Eu joguei com o Valdívia, Andrigo, do Internacional, o Eduardo (ex-Atlético-MG e Inter e, atualmente, no Atlético-PR). A gente, há uns tempos, estava jogando junto. A gente não chegou a jogar um contra o outro, a gente jogou juntos. A gente nunca jogou um contra o outro, mas podemos pensar em fazer isso, porque é bem legal”, contou.
Pai rígido aumentou autocrítica
O sonho de se tornar jogador de futebol acompanha Maicosuel desde os 11 anos, quando deixou a pequena Cosmópolis, no interior de São Paulo, para defender o Guarani, de Campinas. A possibilidade de jogar em um grande clube do país sempre foi defendida por Sebastião, pai do atacante. O familiar do jogador era árbitro de várzea e não poupa críticas ao filho.
“Ele apitava [jogos meus], sempre apitava. Meu pai é sempre muito rígido comigo. É difícil eu ouvir meu pai falar alguma coisa boa de mim dentro de campo. Ele fala: 'Maico, você fez um, mas poderia ter feito dois. Você fez isso, mas poderia ter chutado para o gol'. Então, eu acho que ajuda. Ele não me deixa ficar confortável. Minha autocrítica é muito grande por causa disso, pelo que escuto do meu pai e do meu empresário, que nunca vão passar a mão na minha cabeça. Eles sempre falam para eu melhorar. Acho que isso me ajuda bastante”, declarou.
“Um cara como meu pai e o Lê, meu empresário há 15 anos. São dois pais que tenho. Meu pai é meu ídolo na Terra. Às vezes, me perguntam o que meu pai foi e eu digo que ele é o homem que me fez ser o homem que sou hoje. É um cara que tenho um carinho muito grande, me deu toda a educação e me ensinou a ser o que sou hoje”, acrescentou.
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