Presidente da Fifa admite violação de direitos humanos em obra da Copa-2018
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, admitiu que houve abusos de direitos humanos contra trabalhadores envolvidos na construção do estádio de São Petersburgo, que sediará partidas da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
O jornal inglês The Guardian teve acesso a uma carta enviada pelos dirigentes a confederações de países nórdicos. No documento, Infantino reconheceu que operários norte-coreanos trabalharam em condições "assustadoras" na construção da arena.
A carta foi uma resposta a um questionamento das confederações da Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia, que cobraram explicações da Fifa após uma reportagem da revista norueguesa Josimar apontar as péssimas condições de trabalho na construção do estádio.
Segundo a reportagem, os trabalhadores dormiam amontoados em contêineres fora do estádio, e um homem norte-coreano foi encontrado morto dentro de um deles após sofrer um ataque cardíaco. As condições foram descritas como "exploradoras" e "análogas à escravidão", com longas jornadas e pagamento irrisório em dinheiro.
"A Fifa está ciente e condena firmemente as assustadoras condições de trabalho sob as quais trabalhadores norte-coreanos estão submetidos em vários países ao redor do mundo", disse Infantino.
Em um comunicado oficial, a Fifa informou que tem inspecionado as obras da Copa de 2018, e que, após encontrar evidências de violações de direitos humanos em março, uma nova visita "não mostrou novas evidências" de abusos.
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