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Cueva despenca no SP após lesão; Peru se preocupa e até destaca psicólogo

Cueva tenta investida pela esquerda do ataque são-paulino - Marcello Zambrana/AGIF
Cueva tenta investida pela esquerda do ataque são-paulino Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

31/05/2017 04h00

Uma finalização, nenhum gol, nenhuma assistência: a versão de Cueva que enfrentou o Palmeiras no último sábado passou longe do camisa 10 que marcou sete gols em 11 partidas pelo São Paulo no início da temporada. A lesão sofrida no dia 29 de março marca o início de uma queda espantosa no desempenho do meia, que preocupa a seleção peruana e faz com que o técnico Ricardo Gareca aposte em acompanhamento de um psicológo.

De acordo com o jornal peruano Libero, Gareca telefonou para Cueva para conversar sobre a má fase e tentar passar confiança. A publicação diz que o tom da conversa foi “de pai para filho” e “conciliador”. A ideia do treinador do Peru é contar com um Cueva completamente recuperado em agosto, pelas Eliminatórias.

O treinador argentino destacará o psicológo Marcelo Marquez para realizar um trabalho com Cueva ao longo dos amistosos diante de Paraguai, no dia 8 de junho, e Jamaica, no dia 13. Marquez integra a comissão da seleção peruana e já fez trabalhos individualizados com Paolo Guerrero para evitar cartões amarelos.

A preocupação tem fundamento: estatísticas mostram uma queda extrema no desempenho de Cueva. Antes da lesão, foram sete gols e quatro assistências em 11 jogos; depois, não balançou as redes nem deu nenhum passe para gol em sete partidas.

O Cueva das primeiras 11 partidas finalizava 2,3 vezes por jogo, distribuía 44,1 passes e ficava cerca de dois minutos por jogo com a bola nos pés. Todos os números pioraram e caíram praticamente pela metade: desde a volta, chuta a gol apenas uma vez por partida, tenta 27 passes fica apenas cerca de um minuto e 20 segundos com a bola. O camisa 10 perde mais bolas: 7,7 por partida, contra 6,6 antes da lesão.

Menos participativo e brigador na marcação, Cueva até reduziu o número de cartões amarelos: são quatro antes da lesão, e nenhum após.

Trabalho especial no SP, que não vê problemas físicos

Ao longo da semana passada, Cueva realizou trabalhos especificos de fortalecimento e preparação física no CT da Barra Funda. O São Paulo não vê problemas físicos no meia, mas admite que seu camisa 10 ainda não recuperou o auge físico depois da lesão – estaria a caminho disso.

Quem vive o dia a dia do clube aposta no mesmo diagnóstico de Gareca: a queda de produção de Cueva é mais fruto de uma perda de confiança com as lesões seguidas e eliminações em Copa do Brasil, Paulista e Sul-Americana do que de problemas físicos ou excesso de peso.