Veterano aos 23, alemão já movimentou R$ 294 mi e virou vilão de dois times
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Mesmo com um time sem grandes estrelas e repleto de jogadores jovens, a Alemanha conquistou a Copa das Confederações após bater o Chile por 1 a 0 na final do último domingo (2). Quem teve a honra de erguer o troféu foi Julian Draxler, capitão da equipe na Rússia e eleito o melhor jogador do torneio. Um verdadeiro veterano aos 23 anos de idade.
Draxler conhece bem a seleção alemã. Enquanto alguns atletas disputaram na Rússia a primeira grande competição pela tetracampeã mundial, o meia do PSG recebeu o primeiro chamado em 2012 e foi campeão da Copa do Mundo de 2014.
Porém, apesar de ser um dos nomes indiscutíveis para o Mundial do ano que vem, ele já virou vilão em duas equipes na Alemanha e ainda movimentou 78 milhões de euros (R$ 294 milhões) em transferências ao longo da carreira.
Tudo começou em 2011, quando Draxler surgiu como uma das principais apostas para o futuro do futebol alemão ainda aos 17 anos. Em pouco tempo, se tornou a grande esperança do Schalke, que sonhava em reviver o passado vencedor.
O meia conquistou a Copa da Alemanha em 2011 e fez subir a expectativa da torcida para os anos seguintes. Ele era o principal nome do time, mas os títulos pararam por aí. Como consequência, aumentaram as críticas e a cobrança dos torcedores, o que fez Draxler sair do clube.
A transferência para o Wolfsburg por 36 milhões de euros (R$ 136 milhões) aconteceu em agosto de 2015, e ele logo virou um vilão no Schalke por ter ido embora. Inclusive, o jogador chegou a dizer no início de 2016 que estava “preparado para o pior” antes de retornar à Veltins Arena, casa da equipe de Gelsenkirchen.
No Wolfsburg, o jovem tinha a missão de substituir Kevin De Bruyne, contratado pelo Manchester City. A expectativa era alta, ainda mais que o clube era o vice-campeão alemão na época, mas o desempenho não voltou a se repetir.
Ao todo, Draxler ficou apenas um ano e meio na equipe, teve algumas boas atuações, mas começou a mostrar desinteresse dentro de campo no segundo semestre de 2016. Resultado: mais vaias.
“Você só pode imaginar o que essas vaias fazem com uma pessoa”, disse o jogador após ser criticado pela torcida em dezembro do ano passado. Foi a deixa para confirmar o que viria a seguir.
Um mês depois, o PSG anunciou a contratação do jogador por 42 milhões de euros (R$ 158 milhões) e contrato até 2021.
A transferência fez crescer a antipatia da torcida por Draxler. Afinal, o meia optou por sair durante a situação delicada que o time vivia. No fim da temporada, o Wolfsburg só se salvou do rebaixamento na repescagem, quando venceu o Brunswick, da segunda divisão.
Já em Paris, Draxler chegou com certa desconfiança, justamente pelo momento irregular que passava na Alemanha. Porém, na França, ele teve a primeira oportunidade de jogar em um clube de maior expressão e logo deixou o brasileiro Lucas no banco de reservas.
Ao final da temporada 2016-17, os números foram favoráveis: 25 jogos, 10 gols e três assistências. Bom para o PSG e bom para Draxler.
Na sequência, veio a Copa das Confederações. O meia deixou a desconfiança de lado, foi titular em todos os jogos e acabou substituído apenas nos minutos finais contra Camarões, na última rodada da fase de grupos. De resto, esteve em campo o tempo todo e fez por merecer o elogio do técnico Joachim Low: “Ele é o cara”.
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