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Como Monaco se transformou e pode faturar mais de R$ 1 bilhão em janela

Jean-Pierre Amet/Reuters
Imagem: Jean-Pierre Amet/Reuters

Do UOL, em São Paulo

08/07/2017 04h00

Como é um time de futebol de 1 bilhão de reais? Quem se encantou com o Monaco na Liga dos Campeões já sabe a resposta. A maior surpresa da Champions na temporada passada impressionou torcedores e críticos. O sucesso foi tão grande que se todos os negócios publicados na imprensa europeia se concretizarem, o clube do principado teria R$ 1,5 bilhão entrando em seus cofres.

Esse número astronômico é fruto de uma mudança de estratégia da diretoria. Em 2013, o time comprou Falcao Garcia do Atlético de Madri por 43 milhões de euros e James Rodriguez do Porto por 45 milhões e não ganhou nada. Nas temporadas seguintes, se tornou um vendedor e, hoje, o time optou por contratações mais modestas, mas pensando no futuro. O elenco na Liga dos Campeões é reflexo disso.

Entre os 11 titulares nas fases finais do torneio, oito tinham 24 anos ou menos – apenas dois atletas, Falcao e o goleiro Subasic, passavam dos 30. Tanta juventude, claro, chamou atenção do mercado. O primeiro vendido foi o meia português Bernardo Silva, que foi para o Manchester City por R$ 132 milhões. Outro que está próximo da saída é o volante francês Bakayoko, por quem o Chelsea deve pagar cerca de R$ 157 milhões – o negócio ainda não foi confirmado.

Eles, porém, devem ser apenas os primeiros a sair. O atacante Kylian Mbappé, por exemplo, pode se tornar o jogador mais caro da história. Aos 18 anos, é o mais jovem a marcar um gol nas semifinais da Champions e atraiu atenção de Real Madrid, PSG e Arsenal. O Real estaria disposto a pagar os cerca de R$ 428 milhões da multa rescisória. Os outros dois poderiam aparecer com ofertas ainda mais altas: a dos ingleses seria de R$ 535 milhões, contra R$ 510 milhões da dos franceses. Até hoje, a transação mais cara da história é a compra de Pogba pelo Manchester United, por cerca de R$ 387 milhões.

Quem também está em alta é o lateral esquerdo Mendy. O francês também estaria próximo de ser anunciado no futebol inglês: segundo o jornal espanhol Sport, o Manchester City aceitou pagar R$ 173 milhões por ele. A Inglaterra pode ser o destino do outro lateral do time, o também francês Sidibe, que elogiou o Arsenal e, segundo a imprensa britânica, enviou seus empresários para o país para cavar uma transferência – que envolveria, no mínimo, R$ 70 milhões. O Arsenal também estaria atrás de outro jovem francês, o meia Lemar, por cerca de R$ 133 milhões.

Brasileiros também na vitrine

Os brasileiros também aparecem na lista de desejos. O que mais atrai atenção entre eles é Fabinho. O jogador que saiu do Brasil como lateral direito hoje é um dos volantes mais cobiçados do futebol europeu, com PSG e clubes ingleses de olho. Nas últimas semanas, uma transferência para o Manchester United por R$ 150 milhões foi dada como próxima pela imprensa.

O zagueiro Jemerson, ex-Atlético-MG, também terminou a temporada em alta. Após a convocação para a seleção brasileira que jogou contra Austrália e Argentina, o defensor virou alvo da Roma (que vendeu o alemão Rudiger para o futebol inglês). Segundo a revista France Football, os italianos ofereceram R$ 49 milhões pelo atleta.

Até mesmo o meia Boschillia, ex-São Paulo, apareceu nos rumores: segundo o The Telegraph, o Arsenal olha para o jogador como uma alternativa caso o negócio com Lemar não dê certo. Para isso, estaria disposto a pagar R$ 43 milhões pelo jogador, que terminou a temporada contundido.