Lesões em série e um tumor. E ainda assim, Ederson impressiona pela força
Manhã da última terça-feira (25) no Ninho do Urubu. Ederson reuniu elenco e comissão técnica antes do treino do Flamengo. Com cuidado, compartilhou a notícia de que tem um tumor no testículo para aqueles com quem convive diariamente. O camisa 10 disse não aceitar ver ninguém triste e que contava com sorrisos para vencer mais uma batalha, algo com o qual se acostumou nos últimos anos.
Ederson se disse feliz por fazer parte do grupo, segundo ele o mais qualificado tecnicamente e de pessoas que integrou nos 16 anos de carreira. No fim, o jogador cumprimentou um a um e todos se mantiveram impactados. A força do atleta para lidar com uma notícia desse porte impressionou quem o cercou em um momento tão difícil.
Houve um silêncio respeitoso pela notícia e o lamento em razão do novo desafio que Ederson já enfrenta. Não se trata de exagero dizer que ele é um dos jogadores mais queridos do dia a dia do Flamengo. E vai além disso. Quem vive os bastidores do Rubro-negro o defende com unhas e dentes. É comum ouvir que faz de tudo para ajudar o time o máximo que possível.Ederson é elogiado por ser um atleta dedicado e que segue à risca o que é passado pelos profissionais do clube. Preocupado com a saúde, ele sempre se cuidou fora de campo. O corpo, no entanto, o parou mais uma vez, agora a apenas cinco meses do fim de contrato com o Flamengo.
Foram alguns problemas enfrentados na Gávea. No último, ficou precisamente 311 dias afastado dos gramados. Os pouco mais de dez meses em recuperação começaram com uma tesoura aplicada pelo lateral corintiano Fagner em um duelo no ano passado. Na sequência, ele teve outros problemas físicos. Ederson passou por uma cirurgia no joelho em setembro de 2016 e o retorno aos campos chegou a ser colocado em dúvida.
O caso, mais grave, não foi o primeiro de Ederson no Flamengo. Em 2015, ele já havia sofrido com duas lesões menores, ambas em duelos contra o Vasco - uma na coxa esquerda e outra ligamentar no joelho direito. Em 2010, o sonho de defender a seleção brasileira também foi abreviado. Convocado pelo então técnico Mano Menezes, ele substituiu Neymar em um amistoso contra os Estados Unidos e saiu três minutos depois com uma grave lesão na coxa esquerda, que o deixou meses longe dos gramados.
Não foram poucos os problemas na carreira do jogador de 31 anos. Ele se apoia na família, principalmente na mulher Patrizia Pighini, italiana, com quem é casado desde 2008, e no filho Alessandro. Durante todo o tempo recente no qual ficou parado, foi com o menino que Ederson passou a maior parte do tempo livre.
Jogando videogame e batendo uma bolinha com o garoto, um “flamenguista alucinado”, o meia encontrou forças para dar a volta por cima. O filho tem o pai como um autêntico ídolo e ainda deseja vê-lo fazer gols e brilhar pelo Flamengo. Há tempo para isso. O apoio de quem o ama, de amigos e dos torcedores é o combustível que o alimenta na batalha. Ederson já colocou na cabeça que vencerá mais uma e todos estão na torcida pelo sucesso. A hashtag #ForçaEderson se espalhou pelas redes sociais e todos os principais clubes do país entraram na corrente positiva.
O jogador será operado na próxima segunda-feira (31) e tem todo o apoio do Rubro-negro na recuperação. Com 99% de chance de cura, segundo o médico Márcio Tannure, e exemplos de vitória no esporte sobre o mesmo problema - Robben (futebol), Nenê Hilário (basquete) e Lance Armstrong (ciclismo) -, Ederson é só otimismo. O camisa 10 quer voltar a fazer o que ama e dar ainda mais alegrias ao filho Alessandro.
Com uma força que impressiona para superar os problemas, todos que convivem com o jogador acreditam em apenas questão de tempo para mais uma história de vitória. Pelo Flamengo, Ederson disputou 38 partidas oficiais e fez quatro gols.
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