Com "fico" do Santa, Náutico estuda jogar o Nordestão e pode isolar o Sport
Após anunciar junto ao Sport a desfiliação da Liga do Nordeste, a diretoria do Náutico estuda recuar e disputar o Nordestão-2018. O clube não chegou a romper oficialmente com a associação, já que não teve o aval do Conselheiro Deliberativo, que detém a prerrogativa segundo o Estatuto. Desde então, discute-se o tema nos bastidores.
"A gente ainda está tratando esse assunto internamente no clube, por isso não posso passar uma posição oficial, ainda não temos uma situação definida", afirmou Emerson Barbosa, vice-presidente do Náutico, ao UOL Esporte.
Dois fatores contribuíram recentemente para a reavaliação do Timbu: o primeiro diz respeito à permanência do rival Santa Cruz e o segundo, às finanças.
Como o Santa optou por ficar na associação, herdando a vaga direta na fase de grupos do Sport, o Náutico ficaria com a vaga na fase classificatória, que era do Santa.
Vale lembrar que, como ficou em quarto lugar no Pernambucano, o alvirrubro não obteve a classificação, mas a ruptura do Leão da Ilha abriu caminho. Enfrentaria, assim, o Itabaina-SE, caso se mantenha o atual sorteio do pré-Nordestão.
Além disso, após reunião em Salvador, a Liga do Nordeste aumentou o valor da cota de participação na competição, principal crítica tanto de Sport como Náutico quando do anúncio da saída, há uma mês.
Antes, os organizadores da Copa do Nordeste pagavam cota de participação na fase de grupos de R$ 600 mil aos clubes. Após o "levante" da dupla pernambucana, a Liga aumentou o valor e dividiu-o em diferentes potes, de acordo com a posição das equipes no ranking da CBF.
Times do pote 1, como Bahia, Vitória, Santa Cruz e Ceará, passarão a receber o valor de R$ 1 milhão. No pote 2, o Náutico passaria a embolsar R$ 750 mil, caso elimine o Itabaiana e avance à fase de grupos.
Outro elemento que pode contribuir para o recuo da diretoria do Timbu é o isolamento do Sport. Após o anúncio da ruptura, dez clubes fundadores da Liga assinaram abaixo-assinado ratificando a permanência - sem contar Vitória e Fortaleza, que não assinaram o documento, mas decidiram ficar.
No fim das contas, à exceção do Náutico, nenhum clube do Nordeste seguiu o movimento do Sport, cujo presidente propõe a criação de uma nova competição com duas divisões e menos jogos por equipe.
Os principais argumentos do dirigente rubro-negro são que a Copa do Nordeste é longa, contribuindo para o calendário apertado e desgaste dos jogadores, e deficitária, já que os públicos maiores e mais rentáveis se dão apenas na fase de mata-mata.
Caso se decida por seguir o Santa Cruz e permanecer na Liga do Nordeste, o Náutico passa a ganhar R$ 150 mil a mais por ano, o que aumentará caso passe de fase, valor significativo para um clube em grave crise financeira. Por tabela, pode isolar de vez o Sport em seu projeto de um novo torneio regional.
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