Hoje com xodós, posição de volante é problema de 2018 para o São Paulo
Apesar do mau momento em campo, a torcida do São Paulo encontrou novos xodós nesta temporada. Os gritos das arquibancadas mostram o tamanho da confiança nos volantes que mais têm atuado no Campeonato Brasileiro. Essa aceitação de Jucilei e Petros faz com que a posição da dupla possa parecer um porto seguro para o Tricolor, mas o cenário que se desenha para 2018 é de dúvida.
Jucilei, como o próprio presidente Carlos Augusto de Barros e Silva falou, não deve ser comprado do Shandong Luneng. O empresário do atleta, Nick Arcuri, já até recebeu sondagens de outras equipes para a próxima temporada. O empréstimo com o São Paulo termina em 31 de dezembro, quando restarão apenas dois volantes de ofício no elenco: Petros e Araruna, que ainda costuma ser utilizado como lateral-direito.
Ao longo desta temporada, o Tricolor já havia perdido outros cinco jogadores da posição. Thiago Mendes foi vendido ao Lille, João Schmidt não renovou e saiu de graça para a Atalanta, Wesley rescindiu e foi para o Sport e Cícero treina separado do elenco principal à espera de um novo clube. Há ainda Wellington, que fica emprestado ao Vasco da Gama até o fim do ano, mas que foi usado somente oito vezes no São Paulo entre 2016 e 2017.
Como encara indefinição sobre a permanência na Série A, a diretoria do clube paulista ainda fica de mãos atadas para planejar 2018 e se precaver para essa carência anunciada de volantes. Se não for rebaixado, os investimentos poderão ser maiores. Se cair, soluções caseiras ganham mais força. Seja com o retorno de emprestados ou contando com a versatilidade de quem já está no grupo. Hernanes, que diz preferir atuar como meia e só tem contrato até o meio do próximo ano, e Militão, que se divide entre a zaga e a lateral-direita, também têm histórico como volantes na carreira.
Além de Wellington, há outros dois atletas da posição com empréstimos perto de terminar. O jovem Artur é titular e elogiado no Columbus Crew, dos Estados Unidos, onde disputou 22 partidas na Major League Soccer (MLS). A permanência no time americano é descartada, mas também não há definição se Artur será aproveitado no elenco profissional do São Paulo, com quem tem contrato até julho de 2020.
Ainda mais valorizado aparece Hudson, cedido ao Cruzeiro. Embora não tenha sido titular a temporada toda, ganhou espaço com Mano Menezes nos momentos decisivos até chegar à final da Copa do Brasil e já viu os dirigentes mineiros manifestarem interesse em comprá-lo. O empréstimo tem preço fixado para um eventual interesse da Raposa, que não pode agir antes das eleições presidenciais marcadas para a próxima segunda-feira. Se vencer a Copa do Brasil - a final é nesta quarta, contra o Flamengo, no Mineirão -, Hudson poderá jogar a Libertadores se ficar no Cruzeiro, enquanto o Tricolor corre riscos de disputar a Série B em 2018.
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