Falta de sigilo no vestiário irrita Neymar; PSG busca forma de blindar time
Uma briga entre Neymar e Cavani no vestiário do Paris Saint-Germain vazou para a imprensa em menos de 24 horas. A ausência do sigilo deixou o brasileiro irritado e desconfiado do grupo no qual é recém-chegado. Alguns dias serviram para o clima de paz voltar, e agora o PSG trabalha para evitar que novos danos internos do elenco sejam expostos.
O UOL Esporte confirmou a informação do jornal francês L'Équipe de briga entre os jogadores no vestiário no dia 17 de setembro, após vitória por 2 a 0 sobre o Lyon, no Parque dos Príncipes. O clima quente era por conta do quarto episódio seguido em que Cavani impediu Neymar de cobrar um pênalti. Só que o brasileiro achava que o fato jamais seria noticiado.
Aos brasileiros do PSG, Neymar manifestou descontentamento com a exposição do atrito. A crise de confiança passou a rondar o camisa 10, sem ideia da origem do vazamento.
O julgamento de má-fé por parte de algum jogador foi a suspeita inicial. Pouco depois, Neymar passou a acreditar que a briga vazou por conta da inexperiência de vários companheiros de não se calarem sobre os bastidores de um vestiário com atletas do alto escalão.
Neymar foi então avisado pelos jogadores do PSG sobre o vazamento de intrigas ser problema antigo no clube. O caso mais marcante da temporada passada foi quando uma bronca do treinador Unai Emery no atacante francês Ben Arfa, em um treinamento fechado, chegou à imprensa francesa: "Você não é Messi. Se fosse, não te repreenderia", disse o técnico.
O caso terminou na demissão do diretor esportivo do PSG, Olivier Letang, em abril. Não só por suspeita de ser culpado de vazamentos de problemas internos, mas principalmente por não os evitar.
A mudança no PSG
"Estamos trabalhando para fechar o vestiário. O que aconteceu aqui não pode ser repetido", avisou Emery na primeira entrevista após a briga entre Neymar e Cavani ser exposta.
De imediato, o PSG decidiu cancelar entrevistas exclusivas agendadas para jogadores do clube. A diminuição de contato com os jornalistas era necessária para evitar a exposição de um tema delicado.
Nos jogos seguintes, a assessoria de imprensa do clube também passou a seguir ordens do diretor esportivo, o ex-lateral brasileiro Maxwell, a respeito dos escolhidos para entrevistas coletivas. Cavani, por exemplo, foi vetado.
Entre os brasileiros, somente Neymar passou para uma conversa com os jornalistas após a briga. E a entrevista concedida após a vitória sobre o Bayern de Munique, por 3 a 0, foi uma espécie de resposta ríspida do brasileiro. Ele estava irritado após ouvir os boatos de que havia pedido para o clube negociar Cavani, de que teve desentendimentos com os amigos Lucas e Marquinhos, e de que ele estava isolado no clube.
"Inventam muitas histórias, falam demais. Falam coisas que não sabem, tentam entrar no nosso privativo, no nosso vestiário, e acabam falando demais. Aí acabam falando coisas que não existem, mas está tudo certo", afirmou o camisa 10, pouco antes de esbravejar com a insistência no tema. "Já falei sobre isso, as pessoas falam muitas coisas que não são verdade. Isso (cobrador de pênaltis) dentro do vestiário já está decidido".
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