Saiba, passo a passo, como o Barcelona decidiu jogar de portões fechados
Em meio à polêmica pela violenta repressão ao referendo separatista na Catalunha, o Barcelona decidiu fechar os portões do Camp Nou para o jogo contra o Las Palmas depois que a torcida ameaçou invadir o campo de maneira pacífica como forma de protesto. De acordo com reportagem do jornal espanhol "Sport", Josep Maria Bartomeu, presidente do clube, estava disposto a assumir a possível perda de seis pontos com a não realização da partida, mas mudou de ideia após chegar a um consenso com a comissão técnica e o elenco de jogadores.
O jogo foi realizado nesse domingo (1º), dia do referendo, e terminou com vitória do Barça por 3 a 0. No início da manhã do dia, Bartomeu se reunião com a diretoria do clube para analisar o cenário e os eventos que estavam acontecendo na cidade.
Cientes da gravidade dos eventos, Bartomeu e sua equipe começaram a tentar negociar o cancelamento da partida, o que foi pedido também por líderes da torcida do Barça. O clube chegou a pedir relatório de segurança, mas autoridades julgaram que o jogo poderia ser realizado sem maiores problemas.
O Barcelona também tentou pedir o cancelamento da partida via Liga de Futebol Profissional (LFP), mas o requerimento foi negado, e o clube foi avisado de que poderia perder seis pontos caso não entrasse em campo. Mesmo assim, Bartomeu continuou decidido a não realizar o jogo.
O cenário mudou apenas quando o dirigente chegou ao Camp Nou. Aos poucos, jogadores foram chegando e se juntando ao debate. A princípio, Gerard Piqué, ativista pela independência da Catalunha, e Sergi Roberto concordaram com Bartomeu e pediram o cancelamento da partida.
Quando o elenco ficou sabendo das punições esportivas que o Barcelona poderia sofrer, Lionel Messi afirmou que o time não poderia perder seis pontos. O argentino propôs que o jogo fosse realizado normalmente. Assim, se algo acontecesse, não seria de responsabilidade do clube, que ficaria livre de sanções.
Diante das opções extremas, Bartomeu propôs o meio termo: jogar de portões fechados. A maioria dos jogadores, incluindo o capitão Andrés Iniesta, concordou com a ideia, assim como o treinador Ernesto Valverde. Foi assim que o dirigente chegou à sua decisão final.
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