Após vazamento de áudio, Fluminense demite vice-presidente de futebol
Vice-presidente de futebol do Fluminense, Fernando Veiga foi demitido nesta quarta-feira (4). A decisão foi tomada um dia depois de áudio do dirigente ter vazado expondo a realidade financeira do clube, conforme publicou o UOL Esporte.
"A gente não tem dinheiro para pagar salário de R$ 20 mil. Há um mês, corremos atrás de volantes e zagueiros medianos que pediram 250 mil para jogar pelo Fluminense. Como é que a gente paga isso? Nossa receita é baixíssima. A gente tem receita de time pequeno, de Atlético-GO. Nós somos time grande, um time enorme, um dos maiores times do mundo, mas a gente hoje tem receita de time pequeno", relatou.
O dirigente, que trabalhou nas divisões de base na época da gestão de Peter Siemsen, elogiou o trabalho que o ex-dirigente fez em Xerém, mas falou dos equívocos cometidos pelo ex-dirigente em sua gestão.
"Ele pecou muito no segundo mandato, principalmente no último ano. Foram feitas contratações de caráter técnico muito duvidoso, contratos caros e longos que nos deixam amarrados. Não gosto de ficar justificando o passado para pensar que estamos justificando o fracasso do presente, mas isso é inevitável, os números estão aí. São milhões e milhões de déficit acumulado, jogadores com contrato de quatro, cinco anos com remuneração progressiva. Jogadores que não têm a mínima condição de jogar e que atrapalham à medida que a gente não tem como se reforçar", contou Veiga.
O vice-presidente disse crer que o Flu tem um bom time, mas não um bom elenco. Ainda assim, reafirmou sua confiança em Abel Braga e disse que está cobrando a cúpula de futebol tricolor.
Sem vitórias há cinco rodadas no Campeonato Brasileiro, a crise só aumenta nas Laranjeiras. Após o treino desta manhã, Alexandre Torres, gerente de futebol do clube, irá falar sobre os próximos passos do departamento de futebol.
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