Deyverson, Egídio e até Guerra: torcida palmeirense elege "vilões" em 2017
Deyverson é mais um na lista de perseguidos da torcida do Palmeiras. Inconformada com o fato de o clube não conseguir ganhar a Libertadores e ter poucas chances de disputar o título do Brasileirão, a arquibancada exigente soma alvos e balança o elenco na atual temporada.
Há menos de três meses, o atacante se apresentava na Academia de Futebol após um investimento de quase R$ 20 milhões. Sua irreverência nas primeiras palavras, com direito até a uma cantoria, indicava que o jogador teria carinho por parte dos palmeirenses. Os dois gols nos três primeiros jogos deram a esperança, mas a traumática eliminação da Libertadores acabou com tudo. Deyverson se recusou a bater o pênalti por não se sentir bem e passou a ser cobrado. Teve suas redes sociais invadidas com os mais diversos xingamentos e agora é vaiado nos estádios.
Na internet, já é comum que a torcida faça campanha pela volta de Borja. A primeira reação de técnico e elenco foi blindar o atleta. Na avaliação da comissão técnica, Deyverson tem um desempenho de dia a dia superior ao colombiano, que não se encaixa no estilo de jogo do técnico Cuca.
A eliminação diante do Barcelona também complicou a vida de Egídio no Palmeiras. O lateral esquerdo errou o pênalti decisivo e não é perdoado. Nem mesmo o golaço que deu a vitória contra o Fluminense, no Maracanã, foi o suficiente para que o atleta tenha chance com os palmeirenses.
Com contrato encerrando no fim do ano, inclusive, ele deve deixar o clube em dezembro. Egídio, assim como Deyverson, é outro que conta com a blindagem do técnico Cuca. O comandante palmeirense, inclusive, fez lobby pela renovação do camisa 6.
Ainda na lateral, outro que sofreu perseguição e precisou de ajuda da diretoria para ter paz foi Fabiano. O jogador fez o gol da vitória contra o Peñarol nos minutos finais na fase de grupos da Libertadores e foi o autor do gol do título do Brasileirão do ano passado, mas é constantemente seguido pelos palmeirenses.
Guerra é outro que já esteve “de mal” com a torcida. Logo no primeiro clássico com a camisa do Palmeiras, o venezuelano chegou a ter a qualidade e o vigor físico questionados após o erro crucial que iniciou a jogada da vitória do Corinthians.
O tempo fez o gringo voltar a ser respeitado, mas o meia soube de perto como era a ira da “Turma do Amendoim”. No último fim de semana, as críticas reapareceram após outro clássico: Guerra perdeu a bola que originou a jogada do gol do Santos, o único do clássico disputado sábado no Allianz Parque.
Até mesmo nomes importantes na conquista de 2016 chegaram a entrar na lista das cornetas. Vitor Hugo e Tchê Tchê tiveram queda de rendimento na temporada e acabaram xingados por parte do estádio. O zagueiro, hoje, vive o sonho europeu na Fiorentina, enquanto o meio-campista recupera o bom futebol.
Com a atual instabilidade do futebol palmeirense e a indefinição dele sobre o futuro, Cuca também passou a ser bastante contestado nas arquibancadas onde sentam os conselheiros e sócios.
Nas redes sociais, o técnico virou alvo por não cravar se fica ou não no clube na próxima temporada; o próprio treinador, em entrevista ao Lance!, disse ter sido mal interpretado e negou qualquer pensamento de deixar a Academia de Futebol.
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